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Mundo Divisões sobre como deter a Rússia na Ucrânia marcam reunião da Otan

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A adesão à aliança ainda depende da ratificação do protocolo pelos Parlamentos dos seus 30 membros. (Foto: Reprodução/Twitter Otan)

Quando o presidente americano, Joe Biden, desembarcou em Bruxelas para conversas urgentes sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia, surgiram divisões dentro da Otan e em Washington sobre como impedir o Kremlin de uma nova escalada. Líderes aliados estão discutindo se é melhor manter a Rússia adivinhando o que desencadeará uma resposta militar maior ou estabelecer precisamente o que levaria a aliança a se envolver em um conflito.

Alguns formuladores de políticas da Otan na Europa temem que haja muitas mensagens públicas sobre o que a aliança não fará – enviar suas tropas para a Ucrânia, nem, no momento, enviar caças para atender aos pedidos de Kiev. Com a ameaça de armas nucleares e químicas russas pairando sobre os campos de batalha da Ucrânia, uma abordagem melhor, dizem eles, seria não descartar nenhuma possibilidade publicamente.

As apostas não poderiam ser maiores, com autoridades dos dois lados do debate concordando que uma resposta mal conduzida poderia levar a Otan e a Rússia a um conflito direto, com consequências calamitosas para o mundo. A discussão se estende tanto ao que fazer pela Ucrânia quanto à melhor forma de reforçar as defesas da Otan dentro de seu próprio território para impedir que a Rússia ataque.

“Estamos determinados a fazer tudo o que pudermos para apoiar a Ucrânia, mas temos a responsabilidade de garantir que a guerra não escale além da Ucrânia e se torne um conflito entre a Otan e a Rússia”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, a repórteres na quarta-feira, resumindo o dilema.

Quando questionado sobre o que a Otan faria se a Rússia usasse armas químicas na Ucrânia, Stoltenberg manteve sua resposta vaga – uma abordagem tradicional que foi usada por décadas para manter a ambiguidade estratégica sobre como as armas nucleares também seriam usadas.

“Qualquer uso de armas químicas mudaria totalmente a natureza do conflito e teria consequências de longo alcance”, disse ele.

Os críticos da forma como os EUA lidam com a dissuasão dizem que, ao ser tão claro sobre o que os EUA não farão pela Ucrânia, Washington está potencialmente encorajando o presidente russo, Vladimir Putin, a agir de forma mais agressiva do que faria.

“Não acho muito produtivo quando dizemos de vez em quando ‘não queremos a 3ª Guerra’ ou ‘não queremos conflito com a Rússia’”, disse Marko Mihkelson, chefe da Comissão de Assuntos do Parlamento da Estônia, que esteve em Washington na semana passada para fazer lobby por tropas e equipamentos adicionais para a ala leste da Otan. “Isso é sinal verde para os russos de que temos medo deles.”

Abordagem americana

Defensores da abordagem do governo Biden dizem que a Casa Branca ajudou a aplicar sanções sem precedentes contra a economia russa e está no meio de um esforço em larga escala para entregar armamento defensivo à Ucrânia.

E os líderes da Otan, reunidos em uma cúpula em Bruxelas na quinta-feira, anunciaram o aumento das tropas em seu flanco leste e prometeram aumentar sua assistência à Ucrânia em cibersegurança, além de proteção contra armas químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.

“O presidente tem a responsabilidade de deixar claro que nosso objetivo é garantir o fim desta guerra”, disse um alto funcionário do governo Biden, falando sob condição de anonimato para discutir a disputa.

“Para isso, deixamos claro que não vamos tomar medidas que ampliem essa guerra, coloquem mais vidas em risco e possam levar a um conflito muito maior. Essa é uma abordagem responsável e centrada em salvar vidas e acabar com esse conflito o mais rápido possível”.

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