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Economia Dólar bate recorde com tensões no Brasil e no exterior

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Bolsa de valores fecha com queda de 1,51%.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Bolsa de valores fecha com queda de 1,51%. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Em meio a tensões no Brasil e no exterior, o dólar aproximou-se de R$ 5,90 e voltou a bater recorde. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (12) vendido a R$ 5,866, com alta de R$ 0,042 (+0,71%). Este é o maior valor nominal (sem considerar a inflação) desde a criação do real. O euro comercial fechou a R$ 6,37, com alta de 1,26%. A libra comercial encerrou o dia vendida a R$ 7,22, com alta de 0,54%.

O dólar estava em queda até pouco antes das 15h, quando se encerrou a exibição, na sede da Polícia Federal, do vídeo de uma reunião ministerial realizada no fim de abril. O vídeo é parte do inquérito que investiga declarações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. Na máxima do dia, por volta das 16h, encostou em R$ 5,89. A divisa acumula alta de 46,17% em 2020.

O BC (Banco Central) interferiu pouco no mercado. A autoridade monetária fez um leilão de contratos novos de cerca de US$ 500 milhões de swap cambial – que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.

Nos últimos dias, os investidores têm repercutido a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de reduzir a Selic (taxa básica de juros) para 3% ao ano. Além de reduzir a taxa além do estimado, o BC indicou que pretende promover novo corte de até 0,75 ponto percentual em junho, o que poderia levar a Selic para 2,25% ao ano.

Juros mais baixos tornam menos atrativos os investimentos em países emergentes, como o Brasil, estimulando a retirada de capitais estrangeiros. As tensões políticas internas também interferiram no mercado. Além da exibição do vídeo da reunião ministerial, os investidores estão atentos às negociações para o veto a artigos da lei de ajuda a estados e municípios que exclui categorias de servidores do congelamento salarial por 18 meses.

Mercado de ações

O dia foi marcado por perdas no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3 (bolsa de valores brasileira), fechou esta terça-feira aos 77.872 pontos, com queda de 1,51%. O indicador estava em alta até por volta das 15h, mas passou a operar em queda nas horas finais de negociação. O Ibovespa fechou no menor nível desde 24 de abril.

Além das tensões políticas no Brasil, o Ibovespa foi afetado pelo mercado externo. Influenciado pelo aumento de casos de coronavírus em países que relaxaram as restrições sociais, como a Alemanha e a Coreia do Sul, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou o dia com perda de 1,89%.

A bolsa norte-americana também foi afetada pelo aumento nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, depois que um grupo de senadores norte-americanos apresentou um projeto de lei com sanções comerciais contra o país asiático.

Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. Nos últimos dias, os investimentos têm oscilado entre possíveis ganhos com o relaxamento de restrições em vários países da Europa e em regiões dos Estados Unidos e contratempos o combate à doença.

Instituições financeiras receberão R$ 17,5 bilhões do Banco Central

Pressionadas pela maior demanda por crédito, 27 instituições financeiras receberão R$ 17,5 bilhões do Banco Central. O montante vem da primeira emissão da Letra Financeira Garantida que financia a Linha Temporária Especial de Liquidez para os bancos.

Os recursos financeiros serão disponibilizados às instituições nesta quarta-feira (13). Regulamentada no início de abril, num pacote do BC para ajudar o sistema financeiro durante a crise econômica provocada pelo novo coronavírus, a Linha Temporária Especial de Liquidez permite que os bancos atendam ao aumento da demanda por crédito por pessoas físicas e empresas durante a pandemia.

Segundo o BC, a linha emergencial atende a instituições financeiras de diversos portes, fornecendo liquidez (necessidade imediata de dinheiro) para diversos mercados e produtos financeiros. No fim de cada mês, o BC avaliará a necessidade de uma nova emissão, repetindo o procedimento até o fim do ano. De forma agregada, as emissões de Letras Financeiras Garantidas, que servem de lastro para os empréstimos, poderão chegar a 100% do patrimônio de referência das instituições.

Em nota, o BC informou que esse mecanismo é inédito no sistema financeiro brasileiro. Segundo o órgão, linha emergencial de crédito servirá de aprendizado para o desenvolvimento de futuras linhas permanentes de liquidez, dentro da agência de modernização do Banco Central.

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https://www.osul.com.br/dolar-bate-recorde-com-tensoes-no-brasil-e-no-exterior/ Dólar bate recorde com tensões no Brasil e no exterior 2020-05-12
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