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Economia Dólar cai a R$ 4,73 e fecha no menor valor em mais de um ano

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A moeda norte-americana está no menor nível desde 20 de abril do ano passado. (Foto: Divulgação)

Influenciado pelo mercado externo, o dólar aproximou-se de R$ 4,70 e fechou no menor valor em 15 meses. A bolsa de valores teve a terceira alta consecutiva e superou os 121 mil pontos.

O dólar comercial encerrou nessa segunda-feira (24) vendido a R$ 4,733, com queda de R$ 0,047 (-0,99%). A cotação chegou a operar em alta no início do dia, mas passou a despencar após a abertura dos mercados norte-americanos. Na mínima do dia, por volta das 12h30, chegou a R$ 4,72.

Com o desempenho desta segunda-feira, a moeda norte-americana está no menor nível desde 20 de abril do ano passado, quando tinha fechado em R$ 4,61. A divisa acumula queda de 1,19% em julho e de 10,36% em 2023. O euro comercial fechou a R$ 5,23 e atingiu o menor valor desde o último dia 30.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 121.342 pontos, com alta de 0,94%. O indicador chegou a abrir próximo da estabilidade, mas disparou influenciado por ações de mineradoras e de petroleiras, os papéis mais negociados. A bolsa brasileira está no maior nível desde 1º de abril do ano passado.

O mercado financeiro global vive dias de expectativa, com a reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) nesta terça (25) e quarta-feira (26). O órgão poderá executar o último aumento dos juros básicos da maior economia do planeta, encerrando um ciclo de alta que começou em abril do ano passado.

Países exportadores de commodities (bens primários com cotação internacional), como o Brasil, foram beneficiados pela valorização de preços de grãos no mercado externo, após o fim do acordo de exportação de cereais da Ucrânia. Apesar da restrição na oferta global de trigo, o bloqueio resulta em aumento no preço de bens primários.

Ibovespa fecha em alta

O Ibovespa voltou ao patamar dos 121 mil pontos pela primeira vez desde abril do ano passado, na medida em que uma renovada expectativa por estímulos na China, após reunião do Partido Comunista, voltou a impulsionar ações de exportadoras de commodities.

À tarde, no entanto, o índice se afastou das máximas, pressionado principalmente por papéis do setor financeiro.

No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,94%, aos 121.341 pontos. Na mínima intradiária, o índice à vista tocou os 120.099 pontos e, na máxima, os 121.772 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (apurado até às 17h15) foi de R$ 19,36 bilhões no Ibovespa e R$ 24,36 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,40%, aos 4.554 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,52%, aos 35.411 pontos, e Nasdaq registrou ganhos de 0,19%, aos 14.058 pontos.

A decisão do governo chinês de anunciar incentivos para investimentos privados em setores como transporte e infraestrutura antes da reunião do Politburo (comitê composto pelos principais dirigentes do Partido Comunista) influenciou positivamente a bolsa local. Apesar dos mercados asiáticos e das commodities não terem reagido tanto, as exportadoras de metálicas brasileiras, que têm desempenho fraco no ano e pouco posicionamento de grandes investidores, se destacaram.

Vale ON subiu 3,02%; CSN ON teve alta de 2,59; e mesmo Petrobras ON e PN avançaram 2,07% e 2,09%, respectivamente, com o petróleo avançando de olho em possíveis anúncios adicionais por parte do país asiático. Analistas do BTG Pactual afirmam que, apesar da visibilidade baixa, as medidas anunciadas hoje vieram de uma reunião com tom mais “dovish” que o esperado e que pode haver motivos para que o otimismo cresça.

“A frase ‘moradia é para viver, não para especular’ foi retirada da comunicação, o que pode indicar inclinação a estabilizar ou gerar algum crescimento nesse mercado. Além disso, vemos potencial para maior relaxamento das restrições de compra de casas em mercados de nível 1 e reestruturação das dívidas dos governos locais, o que poderia destravar investimentos em infraestrutura ao longo do tempo”, dizem os profissionais do BTG.

Além disso, eles enxergam o setor completamente desfavorecido, com posicionamento muito leve. O BTG acredita que há uma assimetria clara, com melhorias marginais na história macro e sentimento potencialmente levando a movimentos mais substanciais nas ações. “Nossas jogadas favoritas ainda incluem Gerdau (melhor ‘carry’ em nossa cobertura em 15%) e Vale (massivamente subestimada, com melhoria no desempenho operacional à frente).”

À tarde, as ações dos grandes bancos firmaram queda e afastaram o Ibovespa das suas máximas intradiárias. O início do movimento coincidiu, segundo analistas, com a confirmação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que irá pedir o fim dos juros sobre capital próprio (JCP) para tentar aumentar a arrecadação do governo. Itaú PN teve queda de 1,59%, Bradesco PN cedeu 2,70%, Banco do Brasil ON registrou piora de 1,96% e Santander units caiu 0,77%.

Também na ponta negativa, a ação do IRB Brasil despencou, 14,40%, em movimento de correção após ganhos recentes expressivos e ao reportar prejuízo líquido de R$ 10,4 milhões em maio. Executivos do Citi notam que o resultado financeiro foi de R$ 50 milhões em maio, superior ao de abril, mas ainda sem desempenho forte.

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