Domingo, 13 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2020
Bolsa subiu e encerrou no nível mais alto desde fevereiro.
Foto: Marcos Santos/USP ImagensUma combinação de otimismo externo com ações tomadas pelo BC (Banco Central) fez o dólar cair nesta quinta-feira (10) e fechar no valor mais baixo desde junho. A bolsa de valores superou os 115 mil pontos e renovou o nível máximo desde fevereiro.
O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,038, com recuo de R$ 0,134 (-2,6%). Depois de operar próxima da estabilidade durante a manhã, a cotação firmou a tendência de queda ao longo da tarde. A divisa está no menor nível desde 10 de junho, quando tinha fechado a R$ 4,93.
No mercado de ações, o dia foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta quinta aos 115.038 pontos, com alta de 1,8%. O indicador está no maior nível desde 19 de fevereiro, quando tinha encerrado em torno dos 116,5 mil pontos.
Além do otimismo no mercado internacional, com avanços nas vacinas contra a Covid-19, o mercado refletiu medidas do Banco Central no dia seguinte à reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que manteve os juros básicos da economia em 2% ao ano.
Em nota divulgada após a reunião, o Copom informou que trabalha com inflação de 3,4% em 2021 num cenário em que os juros comecem a subir para 3% ao ano no decorrer do próximo ano. Taxas mais altas tornam países emergentes, como o Brasil, mais atrativos para os investidores estrangeiros, pressionando o dólar para baixo.
Paralelamente, o BC está ampliando a oferta de swaps cambiais, que funcionam como venda de dólares no mercado futuro, em dezembro. Nesta quinta, a autoridade monetária vendeu US$ 800 milhões de contratos novos. Caso o ritmo seja mantido, o BC pode encerrar o mês tendo vendido US$ 9,6 bilhões a mais que os contratos que vencerão em janeiro.
Os swaps estão sendo vendidos para reduzir a demanda de bancos que estão comprando dólares perto do fim do ano.
Vendas do varejo sobem 0,9% em outubro
O volume de vendas do comércio varejista no país teve alta de 0,9% na passagem de setembro para outubro deste ano. Essa foi a sexta alta consecutiva do setor, que apresenta resultados positivos desde maio deste ano. Os dados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) foram divulgados nesta quinta-feira (10) pelo (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O varejo também teve altas de 1,4% na média móvel trimestral, de 8,3% na comparação com outubro de 2019, de 0,9% no acumulado do ano e de 1,3% no acumulado de 12 meses.
Na passagem de setembro para outubro, sete das oito atividades pesquisadas tiveram alta: tecidos, vestuário e calçados (6,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (6,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,9%), combustíveis e lubrificantes (1,1%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%).
A exceção ficou por conta do segmento de móveis e eletrodomésticos, que recuou 1,1% de setembro para outubro.
No varejo ampliado, que inclui também a análise dos setores de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, a alta do volume de vendas chegou a 2,1%, devido aos crescimentos de 4,8% dos veículos e peças e de 0,2% dos materiais de construção.
O varejo ampliado cresceu 6% na comparação com outubro, mas recuou 2,6% no acumulado do ano e 1,4% no acumulado de 12 meses.
Em relação à receita nominal, o comércio varejista cresceu 2% na comparação com setembro deste ano, 15,9% em relação a outubro de 2019, 4,9% no acumulado do ano e 5,1% no acumulado de 12 meses.
Já o varejo ampliado teve, em sua receita nominal, altas de 3,1% na comparação com o setembro, 13,4% em relação a outubro do ano passado, 1,3% no acumulado do ano e 2,2% no acumulado de 12 meses.