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Por Redação O Sul | 4 de agosto de 2015
O dólar fechou em nova alta nessa segunda-feira, após o BC (Banco Central) sinalizar que não aumentará suas intervenções no câmbio, mesmo após a moeda norte-americana saltar às máximas em 12 anos, uma pressão cada vez maior sobre a inflação. A divisa avançou 0,87%, a 3,4545 reais na venda – voltando a ultrapassar o nível mais alto desde 2003. Na máxima da sessão, o dólar atingiu 3,4618 reais, maior patamar intradia desde 20 de março de 2003, quando foi a 3,4920 reais.
Nas últimas nove sessões, a moeda norte-americana subiu em oito. Só em julho, elevou-se pouco mais de 10% sobre o real. Em 2015, até essa segunda-feira, o dólar acumula alta de 29,93%. Investidores adotaram estratégias mais defensivas diante das incertezas locais, depois da abertura de nova fase da Operação Lava-Jato, com a prisão do ex-ministro José Dirceu e com o fim do recesso parlamentar. “O BC deixou claro que não vale a pena brigar contra a alta do dólar”, declarou à agência de notícias Reuters o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.
Câmbio
O BC fez o primeiro leilão de rolagem dos swaps cambiais – equivalentes à venda futura de dólares – que vencem em setembro, correspondentes a 10,027 bilhões de dólares, com oferta de até seis mil contratos. Se fizer leilões até o penúltimo pregão do mês, rolará 60% do total.
O mercado de câmbio brasileiro também tem sido pressionado pelo cenário externo. Há apreensão pela desaceleração da economia chinesa e pela perspectiva de alta de juros nos EUA. (AG)