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Mundo Donald Trump ameaça cortar a ajuda de quem votar contra os Estados Unidos na ONU

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Trump reverteu décadas de política externa dos EUA quando reconheceu Jerusalém como capital de Israel. (Foto: Reprodução)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nessa quarta-feira cortar a ajuda financeira aos países que votarem a favor de um projeto de resolução da Organização das Nações Unidas contra sua decisão de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

“Eles tomam centenas de milhões de dólares e até bilhões de dólares, e depois eles votam contra nós. Bem, nós estamos observando esses votos. Deixe-os votar contra nós. Nós vamos economizar muito. Nós não nos importamos”, disse Trump a repórteres na Casa Branca.

A Assembleia-Geral da ONU de 193 membros realizará uma rara sessão especial de emergência na quinta-feira – a pedido de países árabes e muçulmanos – para votar em um esboço de resolução, que foi vetado pelos Estados Unidos na segunda-feira no Conselho de Segurança da ONU, de 15 membros.

Os 14 membros restantes do Conselho de Segurança votaram a favor da resolução esboçada pelo Egito, que não mencionou especificamente os Estados Unidos ou Trump, mas expressou “profundo desapontamento com decisões recentes acerca do status de Jerusalém”.

A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, em uma carta a dezenas de Estados da ONU na terça-feira vista pela Reuters, alertou que Trump havia lhe pedido para “relatar sobre os países que votaram contra nós”.

Ela ecoou sem rodeios este pedido em uma publicação no Twitter: “Os EUA irão anotar nomes”.

Diversos diplomatas seniores disseram que o alerta de Haley não deve alterar muitos votos na Assembleia Geral, onde tais ameaças públicas e diretas são raras.

Miroslav Lajcak, presidente da Assembleia Geral, se negou a comentar sobre as afirmações de Trump, mas acrescentou: “É direito e responsabilidade dos Estados membros expressarem suas opiniões”.

Um porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, também se negou a comentar nesta quarta-feira sobre as afirmações de Trump.

“Eu gosto da mensagem que Nikki enviou ontem nas Nações Unidas, para todas aquelas nações que recebem nosso dinheiro e então votam contra nós no Conselho de Segurança, ou votam contra nós possivelmente na assembleia”, disse Trump.

Bullying

Trump reverteu abruptamente décadas de política externa dos EUA neste mês quando reconheceu Jerusalém como capital de Israel, gerando irritação a palestinos e o mundo árabe e preocupação entre aliados ocidentais de Washington.

Ele também planeja transferir a embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém. O esboço de resolução da ONU pede para todos os países se absterem de estabelecer missões diplomáticas em Jerusalém.

Um diplomata sênior de um país muçulmano, falando em condição de anonimato, disse sobre a carta de Haley: “Estados recorrem a tal flagrante bullying somente quando sabem que não possuem argumento moral ou legal para convencer outros”.

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