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Ciência Eclipse solar anel de fogo vai acontecer nesta quinta; entenda o fenômeno

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Trata-se de um evento semelhante ao eclipse solar total, mas, em um eclipse anular. (Foto: Reprodução)

Nesta quinta-feira (10), acontecerá um eclipse solar anular, fenômeno raro que ocorre quando a Lua se posiciona perfeitamente alinhada entre o Sol e a Terra.

Trata-se de um evento semelhante ao eclipse solar total, mas, em um eclipse anular, a Lua não cobre o disco solar por completo — quando o Sol desaparece atrás do satélite natural, um “anel de fogo” se forma ao redor da sombra lunar.

Infelizmente, o fenômeno não será visível no Brasil. A fase anular do eclipse poderá ser apreciada em partes da Rússia, Groenlândia e norte do Canadá, enquanto o norte da Ásia, Europa e Estados Unidos verão um eclipse parcial, no qual a Lua passará apenas sobre uma parte do disco solar. A nós, brasileiros, restará acompanhar o fenômeno por meio de transmissões online.

Como acontece um eclipse solar anular

Um eclipse solar acontece quando a Lua se move entre o Sol e a Terra, lançando uma sombra na Terra e bloqueando a luz solar em algumas áreas. Durante um eclipse anular, entretanto, a Lua está mais distante da Terra (em comparação à distância em que ela se encontra durante os eclipses solares totais). Por isso, ela terá um diâmetro aparente menor, na nossa perspectiva, e não conseguirá cobrir o Sol por completo.

Desse modo, ainda que ambos os astros estejam perfeitamente alinhados, nossa estrela ainda exibirá um contorno ao redor do círculo escuro formado pela Lua. Por isso o eclipse solar anular também é apelidado de “anel de fogo”. O evento é relativamente raro, mas os astrônomos já sabem quando acontecerá os próximos. De acordo com o astrofísico e professor do Centro Universitário FEI, Cássio Barbosa, essas previsões foram possíveis “a partir de observações acumuladas ao longo de milênios”.

Foi graças a essas observações realizadas por inúmeros astrônomos que a humanidade conseguiu “determinar as características das órbitas da Lua e da Terra com precisão, de modo a produzir tabelas com as datas e horários dos eventos com bastante precisão”, explicou Barbosa. Assim, sabemos que, no dia 14 de outubro de 2023, haverá um novo eclipse solar anular — dessa vez visível aqui no Brasil, principalmente nas regiões acima da linha do equador. Além disso, também haverá um eclipse solar total no final de 2021, mas não será visível no Brasil.

Mas por que esses eclipses são raros? É que eles exigem a combinação de uma série de fatores, tais a Lua Nova estar em um nodo lunar, ou seja, em um dos pontos onde a órbita da Lua cruza a eclíptica (termo para a trajetória aparente do Sol observada a partir da Terra). Com isso, a Terra, a Lua e o Sol estão ao mesmo tempo em uma linha reta (ou quase reta). Por fim, a Lua deve ficar perto de seu ponto mais distante da Terra, chamado apogeu. Assim, a borda externa do Sol permanece visível ao redor da Lua.

O motivo de não ser um evento visível em todos os lugares do mundo onde é dia é bastante simples: a sombra da Lua não é grande o suficiente para cobrir toda a face da Terra que está voltada para o Sol.

Como acompanhar o eclipse solar anular

Se você estiver em uma das regiões contempladas, poderá ver o eclipse desta quinta-feira (10) a partir das 08h12 (no fuso horário UTC), com a fase total durando cerca de 3 minutos e 51 segundos. É importante usar óculos especiais, como alerta o professor Barbosa. “Não se deve olhar diretamente para o Sol sob nenhuma circunstância, pois seu brilho é tão intenso que pode deixar sequelas irreversíveis na visão”, disse.

Ele também afirma que a única ocasião em que podemos olhar para o Sol diretamente é durante os poucos minutos em que ocorre a etapa de totalidade em um eclipse solar (o que não ocorre no eclipse anular). Ainda assim, o ideal é proteger os olhos em todas as circunstâncias. “Quando temos um eclipse ‘anular’, como o desse ano, uma fresta estreita e brilhante em forma de anel ainda faz com que seja perigoso observar o Sol”, complementa o astrofísico.

Acompanhar um eclipse sempre é uma oportunidade para despertar o interesse de crianças e adolescentes na ciência. O professor Barbosa lembra que, para manter esse interesse aceso, basta “procurar acompanhar as novidades de astronomia e espaço através de sites especializados e perfis de divulgação de astronomia no YouTube, Instagram, Twitter e outras redes sociais. Além deles, várias instituições, como o INPE, o Observatório Nacional e o Observatório do Valongo, promovem programas ao vivo para falar e discutir ciência com o público em geral”.

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https://www.osul.com.br/eclipse-solar-de-quinta-feira-nao-sera-visivel-no-brasil-entenda-o-fenomeno/ Eclipse solar anel de fogo vai acontecer nesta quinta; entenda o fenômeno 2021-06-09
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