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Ciência Após 13 dias, a primeira dose da vacina da Pfizer já reduz pela metade o risco de infecção pelo coronavírus

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Doses foram desembarcadas no Aeroporto de Viracopos, neste domingo. (Foto: EBC)

Um estudo científico realizado em Israel aponta que entre o 13º e 24º dia após a aplicação da primeira dose, a vacina da Pfizer-Biontech já reduz em 51,4% o risco de infecção pelo coronavírus. A conclusão foi publicada nesta segunda-feira (7) pela revista científica “Journal of the American Medical Association”. A mesma pesquisa também estimou em 54,4% a efetividade para casos sintomáticos de covid.

Dentre os 3.098 casos confirmados na amostra analisada, 2.484 ocorreram nos 12 primeiros dias, enquanto 614 dos testes RT-PCR positivo se deram no período que vai do 13º e 24º dia. Respectivamente, a taxa de incidência do coronavírus para cada um dos dois períodos foi de 12,07 e de 6,16 – ou seja: para cada 100 mil pessoas houve 43 infecções no primeiro intervalo de tempo e 21 no segundo.

Desse modo, a efetividade calculada pelos pesquisadores para a vacina americana 13 dias após a aplicação da primeira dose é de 51,4%. O estudo realizado em Israel não analisou o desempenho da vacina americana após a segunda dose.

Para Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), quando há um número de pessoas vacinadas com a primeira dose, já há um encaminhamento considerável para um “controle eficiente da pandemia”.

Principalmente, segundo ela, quando se trata da primeira dose do imunizante da Pfizer (também conhecido como “Comirnaty”), que oferece proteção similar à conferida por duas doses de vacinas como a Coronavac, produzido pelo Instituto Butantan-SP em parceria, no Brasil, com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Ainda assim, a infectologista reforça que é necessário continuar conscientizando a população sobre a necessidade de tomar a segunda dose para diminuir ainda mais o risco de infecção pelo novo coronavírus: “Mesmo com esse resultado bom da primeira dose, é necessário que se tenha uma segunda dose, para garantir uma proteção depois em torno de 90% de eficácia, no caso do imunizante da Pfizer”.

Vacinas

Especialistas de diversos países garantem que todas as vacinas aprovadas para uso protegem contra o desenvolvimento da doença causada pelo coronavírus, hospitalização e agravamento do quadro.

Em um ensaio clínico, a eficácia pode ser definida como a proporção da redução de casos entre o grupo que recebeu o imunizante e o que recebeu o placebo. Se o número de casos confirmados da doença for maior no grupo que recebeu o placebo em comparação ao grupo que recebeu o imunizante, a eficácia da vacina é comprovada.

Quando o medicamento ou vacina passa a ser utilizado na população como um todo, e não no grupo do estudo clínico, avalia-se então a efetividade do fármaco.

Em abril, a divulgação dos resultados da fase 3 do ensaio clínico conduzido no Brasil da Coronavac apontou para uma eficácia global da vacina de 50,7% para casos sintomáticos de Covid-19 e de quase 84% para casos graves.

Estudos de efetividade da Coronavac apontam também para uma redução de 98% contra mortes, 96% contra hospitalizações e 94% para casos assintomáticos, a partir de estudo feito na Indonésia, e de 95% contra mortes, 86% para hospitalizações e de 80% contra casos sintomáticos de Covid, segundo dados da pesquisa feita em Serrana, no interior de São Paulo.

Como ocorreu em outros estudos de eficácia e efetividade, a imunogenicidade da vacina da Pfizer é ligeiramente menor para indivíduos com mais de 65 anos em comparação àqueles com idades entre 18 e 55 anos. Dados similares foram apresentados para a população com mais de 80 anos que recebeu as duas doses da Coronavac, em São Paulo.

Durante a fase 3 de testes clínicos, a vacina da Pfizer apresentou uma eficácia de 52% nos primeiros dias após a vacina, alcançando até 89% no 21º dia após a primeira dose, logo antes da injeção da segunda dose. O estudo realizado em Israel fornece ainda mais evidências da importância de se manter o regime de dose reforço 21 dias após a primeira injeção para obter a eficácia máxima do imunizante.

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