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Brasil Em cerimônia no Rio de Janeiro, Bolsonaro voltou a dizer que vai governar ao lado “dos cidadãos de bem” e “daqueles que respeitam a família”

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Fala repete o teor de discursos anteriores do presidente. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Em discurso durante evento da Marinha no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que vai governar ao lado “daqueles que respeitam a família”. Segundo ele, “essa missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia.”

A fala estava embutida na mesma manifestação de cinco minutos em que o chefe do Executivo protagonizou mais uma manifestação polêmica: a defesa da ideia de que a democracia e a liberdade só existem quando as Forças Armadas querem.

Em janeiro, em seu segundo dia de governo e também diante de militares, Bolsonaro já havia adotado um discurso na mesma linha. Na ocasião, disse que as Forças Armadas do Brasil são obstáculo para quem quer usurpar o poder no país: “A situação em que o Brasil chegou é prova inconteste de que o povo, em sua grande maioria, quer respeito, quer ordem, quer progresso”.

Oposição

A fala de Bolsonaro motivou críticas de opositores. Derrotado nas últimas eleições, Fernando Haddad (PT) cobrou uma explicação. “Infelizmente, o presidente não atendeu a imprensa para explicar o raciocínio”, escreveu no Twitter.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também atacou na rede social “Essa pessoa não tem limites na agressividade! A Democracia foi conquistada pela sociedade brasileira. Não é objeto de tutela ou permissão. Terá muita luta pra defendê-la, apesar de você e de seus aliados”.

“Ele ataca a Constituição, segundo a qual ‘Todo poder emana do povo’, e mais uma vez comete crime de responsabilidade e atenta contra a dignidade do cargo. Pior, constrange os militares a assumirem o autoritarismo”, acrescentou o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

Já o deputado federal Alexandre Padilha (PT) disse que Bolsonaro cometia um “ataque irreparável” à Constituição ao “tutelar a nossa democracia ao bem dispor dos militares”.

Generais

Do lado do governo, os generais Hamilton Mourão (vice-presidente da República) e Augusto Heleno (chefe do Gabinete de Segurança Institucional) minimizaram o teor do discurso de Bolsonaro.

“Ele foi mal interpretado. Somente quis dizer que onde as Forças Armadas não estão comprometidas com democracia e liberdade, esses valores morrem. É o que acontece na Venezuela, por exemplo. Lá, as Forças Armadas rasgaram esses valores”, avaliou Mourão.

Questionado se a fala de Bolsonaro teve um tom ameaçador, o vice-presidente negou. Para ele, o Brasil é um exemplo do comprometimento dos militares com esses princípios: “Onde as Forças Armadas não são comprometidas com democracia e liberdade, elas não subsistem”.

Mourão não quis responder sobre outros temas, como as postagens controversas de Bolsonaro durante o Carnaval. No que se refere às críticas feitas a ele pelo escritor Olavo de Carvalho – espécie de “guru da nova direita brasileira” – ele apenas sorriu, despedindo-se das câmeras e microfones. “Beijinhos”, finalizou.

 

Previdência

Na mesma cerimônia, Jair Bolsonaro voltou a afirmar que os militares serão incluídos na reforma da Previdência proposta pelo governo federal. “Entraremos numa nova Previdência em que entrarão os militares, mas não esqueceremos as especificidades de cada Força”, declarou o presidente em discurso.

Ele também voltou a defender o excludente de ilicitude para mortes provocadas por militares em missões: “Quero oferecer retaguarda jurídica para que os militares possam vir a cumprir seu trabalho, em especial nas missões extraordinárias”.

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