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Política Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid nega ter participado de reunião entre Bolsonaro e Forças Armadas sobre plano golpista

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O ex-ajudante de ordens prestou esclarecimentos na segunda-feira.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O ex-ajudante de ordens prestou esclarecimentos na segunda-feira. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

No quarto depoimento prestado à Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Cid reforçou que não participou de uma reunião com os comandantes das Forças Armadas e o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

O ex-ajudante de ordens prestou esclarecimentos na segunda-feira (11) por cerca de nove horas sobre dados revelados no curso da investigação. A oitiva foi marcada após o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes ter sido ouvido na semana passada.

Em outros depoimentos, Cid já havia relatado um encontro entre o general Freire Gomes e os então comandantes da Marinha, Almir Garnier; e da Aeronáutica, Baptista Junior, quando teria sido apresentada uma minuta golpista.

Em oitivas anteriores, o militar disse que ficou sabendo pelo general que o então presidente teria pressionado os comandantes pela ofensiva golpista. Bolsonaro nega que tenha atuado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência.

Em seu primeiro depoimento, Cid relatou que soube da existência do documento apócrifo, quando o ex-assessor presidencial Filipe Martins lhe apresentou uma versão impressa e em formato digital para que fossem feitas alterações pedidas por Bolsonaro.

Também à PF, Freire Gomes, ex-comandante do Exército, deu detalhes do suposto plano antidemocrático, afirmando que se opôs a proposta de Bolsonaro de reverter a derrota nas urnas nas eleições de 2022.

O comandante implicou diretamente o ex-presidente na tentativa de golpe, dizendo ter sido ele quem convocou uma reunião no dia 7 de dezembro de 2022 no Palácio da Alvorada para discutir detalhes sobre uma minuta que previa a realização de novas eleições e a prisão do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi desse encontro que Cid negou novamente ter participado.

Mensagens obtidas no celular de Cid mostram que ele chegou a discutir o suposto plano com o então comandante do Exército. “E hoje ele mexeu naquele decreto, né. Ele reduziu bastante e fez algo muito mais direto, objetivo, curto e limitado”, disse o militar a Freire Gomes, em 9 de dezembro, dois dias depois da reunião de Bolsonaro com os militares.

No último dia 22 de fevereiro, os investigadores ouviram, de maneira simultânea, outras 23 pessoas, em Brasília, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná, em Minas Gerais, no Mato Grosso do Sul e no Espírito Santo.

Nessa ocasião, 16 dos intimados, como Bolsonaro, os ex-ministros da Defesa Walter Braga Netto e Paulo Sério Nogueira, além do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno e do ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, optaram por ficar em silêncio.

De acordo com fontes da PF, entre os sete investigados que falaram nos depoimentos estão o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência Filipe Martins; o presidente do PL Valdemar da Costa Neto; o ex-assessor Tércio Arnaud; o assistente do Comando Militar Sul Bernardo Romão Correa Netto; além do coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães.

No dia seguinte, a PF ouviu, no Ceará, o general de quatro estrelas Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira. O militar, fazia parte do Alto Comando do Exército sob o governo Lula até o dia 30 de novembro de 2023, quando passou para a reserva.

 

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