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Geral Em encontro, especialistas dizem que falta ambição à relação EUA-Brasil

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Peter Hakim, presidente emérito do Diálogo Interamericano. (Foto: Reprodução)

Falta ambição à relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos, afirmaram especialistas em debate nesta segunda (22), em Washington, no Wilson Center, um centro de estudos, dias antes da visita da presidenta Dilma Rousseff à Casa Branca.

“Por que a China vende seis vezes mais para os EUA que para o Brasil?”, perguntou Peter Hakim, presidente emérito do Diálogo Interamericano. “A China começou bem mais tarde que o Brasil.”

Para ele, “não há grandes ideias surgindo em Washington, então as propostas deveriam vir do Brasil. Os brasileiros passam mais tempo pensando na relação com os EUA do que os norte-americanos no Brasil”.

Hakim diz que o momento dos dois países é muito diferente.

“Os EUA têm uma das economias mais vibrantes do mundo hoje, e o Brasil vive a pior crise em 12 anos. Obama tem 46% de aprovação, e Dilma tem 10%”.

Outro debatedor, Joel Velasco, vice-presidente da consultoria Albright Stonebridge, afirmou que a relação é boa, “mas poderia ser bem melhor”.

“Independentemente de quem esteja no poder, democrata ou republicano, PSDB ou PT, não temos um plano de ação ambicioso entre os dois países há muito tempo”.

A ex-embaixadora norte-americana em Brasília Donna Hrinak, atualmente presidente da Boeing Brasil, disse que sua empresa “foi talvez a maior vítima” da crise desencadeada com as revelações de espionagem norte-americana no Brasil por Edward Snowden, com o cancelamento de uma compra de caças que chegaria a US$ 4,3 bilhões.

“Ainda tivemos diversos diálogos e visitas bilaterais cancelados, e o fórum de presidentes de empresas dos dois países ficou dois anos sem se reunir”, disse ela, comemorando a reunião de CEOs na semana passada.

Hrinak acha que o novo momento pode ter um impulso com a viagem da presidenta Dilma a San Francisco para visitar empresas de tecnologia e universidades na chamada “terra da inovação” nos EUA.

“Ela pode deixar em seu legado a inclusão de empresas brasileiras em cadeias globais de fornecimento e trazer uma colaboração em inovação e competitividade. Não são assuntos sexy, requerem trabalho duro, dia a dia”, disse.

Outra debatedora, Kellie Meiman, da consultoria McLarty, disse que “em praticamente um mês para organizar a visita, não dá para fazer muito”.

Mas afirmou que um dos principais resultados seria “reconstruir a confiança, especialmente nos altos escalões” dos governos.

Ela lembrou que, por conta da Guerra Fria, houve suspeições dos dois países.

“No nosso DNA, depois da Segunda Guerra, os EUA se envolvem para resolver conflitos. No DNA brasileiro, está a não interferência em problemas de outros países. Em geopolítica, os dois países não são tão alinhados assim”. (Raul Juste Lores/Folhapress)

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https://www.osul.com.br/em-encontro-especialistas-dizem-que-falta-ambicao-a-relacao-eua-brasil/ Em encontro, especialistas dizem que falta ambição à relação EUA-Brasil 2015-06-23
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