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Geral Em viagem aos países Bálticos, o papa elogia a luta contra os soviéticos e os nazistas

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Pontífice clamou ainda por discernimento para que políticas perigosas possam ser detectadas a tempo. (Foto: Reprodução)

Após chegar na Letônia nesta segunda-feira (24), o papa Francisco elogiou a resistência do país contra as ocupações nazista e soviética, repetindo assim mensagem que tinha dito no domingo (23) na vizinha Lituânia. O tour do pontífice pelos Estados Bálticos — ele ainda visitará a a Estônia nesta terça (25) — marca os cem anos da independência dos três países do Império Russo.

Em 1940, porém, acabaram anexados pela União Soviética, foram ocupados pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra e, após o conflito, continuaram sob controle de Moscou até o fim da Guerra Fria. “Vocês sabem muito bem o preço da liberdade, que tiveram que conquistar diversas vezes”, afirmou Francisco em discurso na capital Riga.

“Se hoje podemos celebrar é por causa daqueles que trilharam os caminhos e abriram as portas do futuro, incumbindo vocês da mesma responsabilidade”, disse o pontífice, que faz sua primeira viagem para países que faziam parte da União Soviética.

Com o fim do regime soviético, os três países Bálticos se uniram tanto à União Europeia quanto à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na década seguinte, se tornando grandes apoiadores da aliança militar liderada pelos Estados Unidos, que consideram um baluarte contra as incursões russas no Leste Europeu. Por isso, a visita de Francisco foi interpretada como uma sinalização contra as ambições do governo do presidente Vladimir Putin de expandir a influência russa na região.

O papa também se encontrou com representantes das igrejas Luterana e Ortodoxa russa e defendeu a cooperação entre os cristãos. “Nem o regime nazista e nem o soviético conseguiram extinguir a fé em seus corações. Vocês combateram o bom combate, terminaram a corrida, perseveraram na fé”, disse Francisco, em alusão a passagem bíblica.

Dos três países, apenas a Lituânia tem uma maioria de católicos (80%). A Letônia tem 25% de luteranos, 19% de ortodoxos e 16% de católicos. Já a Estônia é considerada um dos países menos religiosos do mundo: 76% da população não professa nenhuma fé.

No domingo, o papa já tinha homenageado na Lituânia as vítimas das ocupações nazista e soviética na região – em especial os judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo historiadores, cerca de 195 mil pessoas – o que representa quase toda a população judia da época – morreram nas mãos dos nazistas durante a ocupação alemã na Lituânia, de 1941 a 1944 (hoje vivem cerca de 3 mil judeus no país). Por isso, Francisco alertou contra volta do totalitarismo.

Francisco pediu “o dom do discernimento para detectar a tempo qualquer reaparecimento dessa atitude perniciosa, qualquer sopro daquilo que pode manchar os corações de gerações que não viveram aqueles tempos e podem ser enganados por cantos de sereia”.

Ele se despediu dos fiéis clamando por uma “atenção delicada aos excluídos e às minorias”. “Se afaste das culturas a possibilidade de aniquilar o outro, de colocar o outro de lado, de continuar descartando quem nos incomoda e ameaça nosso conforto”, acrescentou o pontífice. Seu alerta vem num momento em que movimentos políticos de extrema direita, xenófobos e neofascistas ganham força em várias partes da Europa.

 

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