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Mundo Empresário argentino compra manuscritos de Jorge Luis Borges por mais de meio milhão de dólares

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Manuscritos estão guardados em um cofre de um cartório em Buenos Aires. (Foto: Santiago Filipuzzi/La Nacion)

O empresário, escritor e filantropo Alejandro Roemmers comprou um conjunto de manuscritos do escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) por mais de US$ 500 mil. O conjunto, que pertencia à coleção do poeta e crítico Horacio Jorge Becco, inclui sete manuscritos e um carta de Borges. São sete originais datados entre 1941 e 1950, incluindo versões de alguns dos contos mais famosos do escritor argentino, como “As ruínas circulares”, “A forma da espada”, “Três versões de Judas”, “El Zahir” e “A casa de Asterion”.

“As complicações econômicas na Argentina nos ajudaram”, admite Roemmers, em sua casa em San Isidro, recém-chegado de Punta del Este e antes de retornar a Madri. “A bagunça e os obstáculos impostos aos estrangeiros jogaram a nosso favor. Felizmente, porque o governo não está interessado nestas compras”, disse o empresário, que espera que uma instituição pública ou privada abrigue sua coleção que tem milhares de peças.

Em 2019, Roemmers se encontrou com Alberto Fernández, antes dele se tornar presidente, para oferecer uma doação de livros e manuscritos de Borges. “Vamos criar o Museu Borges, em homenagem ao maior literato que nosso país já teve”, anunciou Fernández na ocasião. Mas a pandemia e a crise econômica diluíram essa promessa, como tantas outras.

As obras do Centro de Estudos e Documentação Jorge Luis Borges da Biblioteca Nacional, na Rua México, começaram há seis meses e ainda falta um ano, segundo o Ministério de Obras Públicas.

O empresário também se encontrou com Mauricio Macri quando ele foi eleito chefe do governo de Buenos Aires, em 2007.

“Ele e Hernán Lombardi me propuseram fazer o museu no que havia sido o Conselho Infantil, em San Telmo, que na época era uma ruína, foi destruído e invadido”, recorda.

Em breve, o empresário se reunirá com o ministro da Cultura de Buenos Aires, Enrique Avogadro. “Acho que ele não pode me oferecer um espaço”, considera. Seu sonho é que o empresário Eduardo Costantini construa um anexo ao Malba para que os admiradores de Borges possam conhecer e apreciar a coleção. Enquanto isso, os manuscritos são guardados em um cofre em um cartório localizado no centro de Buenos Aires.

“Vi Borges apenas uma vez, quando tinha quatorze anos, e desde então só sinto admiração e reconhecimento. Ele não é apenas o escritor mais importante da Argentina, mas também uma figura internacional de destaque. Se não for Borges, quem vai transcender a Argentina no futuro? É por isso que quero preservar o máximo possível”, explica o empresário.

Por outro lado, Roemmers, que apresentará seu romance “Morir lo necesario” no próximo dia 24, na sede do Instituto Cervantes, em Madri, está trabalhando em uma exposição interativa e imersiva, “uma espécie de exposição virtual que pode viajar pelo mundo”, com Borges como protagonista. Ele também gostaria de escrever uma peça com duas figuras históricas: o autor de “O Aleph” e Cristo. Ele estima que, para realizar os dois projetos, deve ter a aprovação da viúva do escritor, María Kodama.

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