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Brasil O escritor Olavo de Carvalho chamou parlamentares do PSL de palhaços por ida à China e negou ser guru do governo

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O escritor Olavo de Carvalho disse que o Brasil "escolheu confiar em pessoas que não merecem a sua confiança". (Foto: Reprodução/YouTube)

O escritor Olavo de Carvalho criticou a ida de uma comitiva de parlamentares do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, à China para conhecer o sistema de reconhecimento facial do país e disse que, se fosse de fato guru do governo, isso não aconteceria. “Instalar esse sistema nos aeroportos brasileiros é entregar ao governo chinês as informações sobre todo o mundo que mora no Brasil”, afirmou Olavo em um vídeo postado no Twitter.

O escritor, que é responsável pela indicação dos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Vélez Rodríguez (Educação), chamou os parlamentares de “caipiras” e “palhaços” e disse que eles estavam fazendo uma loucura ao entregar o Brasil para o poder chinês. “Vocês são idiotas, meu Deus do céu? Vocês têm ideia da extensão da tecnologia chinesa de controle comportamental? Vocês não estudaram nada disso e nem querem estudar. Estão achando lindo que foram convidados para ir para a China. É um bando de caipiras”, afirmou.

Segundo reportagem do portal UOL, uma comitiva de 12 membros do PSL embarcou para a China na terça-feira (15), a convite do governo chinês, que teria pago todas as despesas, para conhecer o sistema. A ideia é que os parlamentares apresentem no início do ano legislativo (fevereiro) um Projeto de Lei que obriga a implantação de tecnologia de reconhecimento facial em locais públicos para auxiliar as forças de segurança pública no combate ao crime e na captura de suspeitos ou foragidos.

“Esses deputados não sabem absolutamente… Eu digo, o problema do Brasil é a ignorância, é o analfabetismo funcional, é a presunção dos semianalfabetos, e está aqui os semianalfabetos”, continuou Olavo passando a ler uma lista de nomes, incluindo o da deputada federal eleita por São Paulo Carla Zambelli.

“Nunca vou te perdoar isso aí. Já te ajudei muito e já apoiei muito. Se você não sair desse negócio eu não falo mais com você”, afirmou.

O escritor cobrou ainda uma posição do governo: “Cadê o Executivo? O Executivo vai deixar esses caras irem para lá para entregar o Brasil ao poder chinês desta maneira?”, questionou. Horas depois, fixou uma postagem em sua conta no Twitter, marcando o presidente Jair Bolsonaro: “@jairbolsonaro é um grande, honesto e leal presidente, mas cercado de falsos amigos”.

Sem mencionar o caso, Bolsonaro afirmou em rede social nesta quinta que “para a infelicidade dos que torcem contra, medidas eficientes para segurança pública ainda serão tomadas e propostas”.

Apesar das críticas, Carlos Bolsonaro, filho do presidente, saiu em defesa de Olavo de Carvalho. “A covardia que grande parte da imprensa vem fazendo com OdeCarvalho, seus seguidores e alunos é o sinal que estão no caminho certo”, afirmou em rede social.

A China tem o maior e mais moderno sistema de vigilância do mundo, que usa o reconhecimento facial para identificar os cidadãos. No país, existem 170 milhões de câmeras com essa capacidade e outras 400 milhões serão instaladas, de acordo com informações divulgadas pelo governo.

Os equipamentos conseguem reconhecer o rosto das pessoas e fazer imediatamente a associação com suas informações registradas. Permitem também identificar o gênero e a idade dos cidadãos e associar seus rostos a informações como seu carro, suas rotas mais frequentes, seus parentes, dados tributários, profissionais e outros.

Críticos do sistema na China acusam o governo do Partido Comunista de usar a tecnologia para conseguir amplo controle social sobre seus cidadãos. O governo diz que só usa o sistema contra criminosos e não dissidentes políticos.

Filipe Martins, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, afirmou, também no Twitter, que qualquer empresa que tenha laços com governos estrangeiros que não atendam a critérios mínimos de transparência “deve ser impedida de conquistar ou ampliar posições de influência em setores estratégicos brasileiros”.

A publicação foi replicada por Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, que, em seguida, publicou outra postagem afirmando que a vice-presidente de finanças da Huawei — gigante chinesa de tecnologia com desenvolvimento de sistemas para reconhecimento facial — fora presa porque autoridades americanas teriam descoberto que celulares vendidos pela Huawei poderiam vazar informações para o governo chinês.

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