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Por Redação O Sul | 21 de março de 2016
Em uma tentativa de mostrar que não está paralisado por causa do processo de impeachment, o governo federal apresentou nessa segunda-feira algumas propostas que alteram as regras sobre os gastos públicos.
Uma delas é o projeto de lei complementar que trata da renegociação das dívidas estaduais, o que pode abrir espaço para que esses governos possam gastar 45,5 bilhões de reais entre 2016 e 2018. Somente em 2016, serão 9,6 bilhões de reais.
Conforme já anunciado pelo governo, Estados e municípios terão mais 20 anos para pagar suas dívidas com a União. Foi autorizada ainda a renegociação das operações de crédito contratadas até 2015 junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com prazo adicional de dez anos, sendo que há carência do principal por quatro anos. Nesse período, paga-se apenas os juros.
Para ter direito ao benefício, os Estados deverão atender algumas exigências. Durante 24 meses, ficam proibidos: novos reajustes salariais do funcionalismo, novos benefícios fiscais e nomeação de novos servidores. Também é necessário limitar o crescimento da despesa à variação da inflação e reduzir a despesa mensal com cargos de confiança em 10% em relação a junho de 2014. (Folhapress)