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Mundo Estados Unidos vão distribuir vacinas contra varíola dos macacos para população vulnerável

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Vítima seria um homem soropositivo de Parintins que recebeu diagnóstico para a varíola dos macacos no dia 18 de agosto. (Foto: Reprodução)

Os Estados Unidos planejam distribuir vacinas contra a varíola do macaco e tratamentos médicos para os contatos próximos de pessoas infectadas, disseram em entrevista coletiva funcionários do Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O país registra ao menos cinco casos confirmados ou prováveis.

Há uma infecção confirmada em Massachusetts e outros quatro casos de pessoas infectadas com o orthopoxvírus – da mesma família da varíola do macaco. Um dos casos de orthopoxvírus foi registrado em Nova York, outro na Flórida e os dois restantes em Utah. Todos em homens.

O sequenciamento genético do caso em Massachusetts coincide com o de um paciente em Portugal e pertence a uma cepa do oeste da África, a menos agressiva das duas cepas de varíola do macaco existentes.

“No momento, esperamos maximizar a distribuição de vacinas para aqueles que sabemos que podem se beneficiar das mesmas”, disse a vice-diretora da divisão de patógenos e patologias de consequências graves, Jennifer McQuiston. Essas seriam “pessoas que tiveram contato com um paciente com varíola do macaco, profissionais de saúde, seus contatos mais próximos e, em particular, aqueles que podem correr alto risco de doença grave”.

Oferta

Em termos de oferta, os Estados Unidos possuem cerca de mil doses do composto JYNNEOS, vacina aprovada pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos para a varíola comum e a varíola do macaco, “e espera-se aumentar esse nível rapidamente nas próximas semanas, à medida que a empresa nos fornecer mais doses”, indicou Jennifer. O país também conta com cerca de 100 milhões de doses de vacina de uma geração anterior, chamada ACAM2000, sendo a JYNNEOS a opção mais segura, segundo a funcionária.

As pessoas imunossuprimidas ou que apresentam condições cutâneas particulares, incluindo eczema, são de alto risco, ressaltou o epidemiologista John Brooks.

O CDC também desenvolve um guia de tratamento para permitir a implantação dos antivirais tecovirimat e brincidofovir, ambos com licença para o tratamento da varíola.

Antiviral

Uma pesquisa publicada nesta terça-feira (24) na revista científica “The Lancet Infectious Diseases”, do grupo “The Lancet”, aponta que um antiviral pode ser promissor em reduzir a duração dos sintomas e o tempo em que pacientes com a varíola dos macacos são capazes de infectar outras pessoas.

Segundo os cientistas, do Reino Unido, os sete casos analisados na pesquisa (pessoas infectadas entre 2018 e 2021) foram os primeiros do mundo de transmissão da doença dentro de um hospital e de contágio doméstico fora do continente africano.

Os pesquisadores observaram as respostas dos pacientes a dois antivirais: brincidofovir e tecovirimat: três pacientes receberam o brincidofovir e um, o tecovirimat.

O paciente que recebeu o tecovirimat teve uma duração de sintomas menor e expeliu vírus por menos tempo pelo trato respiratório superior (nariz, faringe, laringe e parte superior da traqueia).

Por outro lado, a pesquisa não encontrou benefícios no uso do outro remédio testado, o brincidofovir, para tratar a doença.

Os casos relatados foram os primeiros em que ambos os medicamentos foram usados, de forma “off-label”, para tratar a doença – ou seja, fora da indicação já prevista na bula; ambos foram desenvolvidos para tratar a varíola humana, erradicada em 1980, e já haviam demonstrado alguma eficácia em tratar a varíola dos macacos em animais.

Mas, por causa da amostra pequena de pacientes, os autores apontaram que mais pesquisas são necessárias para determinar o potencial do tecovirimat como tratamento da varíola dos macacos em humanos.

O medicamento já tem uso autorizado para tratar varíola humana, dos macacos e bovina na União Europeia e para a varíola humana nos Estados Unidos, mas não tem autorização no Reino Unido. No Brasil, não existem medicamentos com indicação para tratamento de varíola, segundo a Anvisa.

Todos os pacientes infectados tiveram casos leves da doença e nenhum teve as complicações mais severas associadas à infecção, como pneumonia ou sepse. Eles se se recuperaram após serem mantidos em isolamento em hospitais britânicos, para evitar que a doença se espalhasse (e não pela gravidade dos quadros).

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