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Mundo Estudo indonésio mostra a vacina CoronaVac altamente eficaz em profissionais da saúde

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A Indonésia rastreou 128.290 profissionais de saúde na capital Jacarta, de janeiro a março, e descobriu que a vacina protegeu 98% deles da morte. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

A CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, está eliminando a doença entre os profissionais de saúde na Indonésia, um sinal encorajador para os países que usam o imunizante, como o Brasil. Aqui, a vacina é produzida em parceria com o Instituto Butantan.

A Indonésia rastreou 128.290 profissionais de saúde na capital Jacarta, de janeiro a março, e descobriu que a vacina protegeu 98% deles da morte e 96% da hospitalização sete dias após a segunda dose. A informação foi divulgada por Pandji Dhewantara, funcionário do Ministério da Saúde do país que supervisionou o estudo, em uma conferência de imprensa.

Dhewantara também disse que 94% dos trabalhadores foram protegidos contra infecções sintomáticas — um resultado extraordinário que vai além do que foi medido nos ensaios clínicos da vacina.

O ministro da Saúde, Budi Gunadi Sadikin, divulgou anteriormente, em uma entrevista na terça-feira (11), resultados de uma versão menor do estudo, envolvendo 25.374 pessoas, que tinha os mesmos dados de efetividade para hospitalização e infecção. A proteção contra a morte foi de 100% no grupo menor.

“Vemos uma queda muito, muito drástica nas hospitalizações e mortes entre os trabalhadores médicos”, disse Sadikin.

Não se sabe contra qual cepa do coronavírus a CoronaVac atuou na Indonésia, mas o país não sinalizou nenhum grande surto causado por variantes preocupantes.

Os dados acrescentam sinais de que a vacina é mais efetiva do que provou na fase de testes, que foi marcada por questões sobre a transparência dos dados e taxas de eficácia divergentes.

Os resultados de seu maior ensaio de fase 3 no Brasil colocaram a eficácia geral da CoronaVac em pouco acima de 50%, a mais baixa entre as vacinas contra a covid-19 de primeira geração.

Um porta-voz da Sinovac em Pequim disse que a empresa não pode comentar sobre o estudo indonésio até que obtenha mais detalhes.

O estudo indonésio comparou pessoas vacinadas com pessoas não vacinadas para obter a efetividade estimada. A idade média dos participantes é 31 anos.

Em uma entrevista nesta semana, o CEO da Sinovac, Yin Weidong, disse que há evidências crescentes de que a CoronaVac tem um desempenho melhor quando aplicada no mundo real.

Exemplos no ‘mundo real’

Mas os exemplos do mundo real também mostram que a capacidade da CoronaVac de conter os surtos da doença exige que a grande maioria das pessoas seja vacinada, um cenário que países em desenvolvimento com infraestrutura de saúde precária e acesso limitado a vacinas podem não alcançar rapidamente.

No estudo indonésio com trabalhadores de saúde, e em outro, realizado em Serrana, cidade brasileira de 45 mil habitantes, quase 100% das pessoas estudadas estavam totalmente vacinadas, com doenças graves e mortes diminuindo após serem inoculadas.

Em contraste, o Chile viu um surto da doença ressurgir depois de vacinar mais de um terço da população de 19 milhões — uma das taxas mais rápidas do mundo, mas não rápida o suficiente para impedir a propagação da variante agressiva que está se espalhando na América Latina.

“O primeiro grupo de pessoas vacinadas no Chile são os idosos. Menos de 15 milhões de doses oferecidas ao Chile significam que apenas 7 milhões de pessoas podem receber nossas injeções. Isso equivale a apenas 36% de uma população de 19 milhões”, disse Weidong, e acrescentou: “É normal que o país veja um ressurgimento de infecções à medida que as atividades sociais aumentam entre os mais jovens, principalmente os não vacinados.”

Entre as pessoas vacinadas com a CoronaVac no Chile, 89% foram protegidas contra a covid-19 grave que requer cuidados intensivos, disse Weidong.

A proteção da vacina provavelmente varia de um lugar para outro devido às variantes do vírus, mas o imunizante da Sinovac parece estar se segurando bem contra as novas mutações preocupantes, disse ele.

Uma questão importante para todas as vacinas contra a covid-19 é se elas podem prevenir ou impedir a transmissão do vírus. Weidong afirmou que a Sinovac ainda não sabe se seu imunizante pode pará-la ou reduzi-la, mas o fato de estar prevenindo doenças graves e mortes é o mais importante.

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