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Saúde O sofrimento de funcionários de casas de repouso durante a pandemia do coronavírus

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Participaram no estudo pouco mais de 1.000 pessoas, entre funcionários e profissionais da saúde, de 33 estabelecimentos do norte da Itália

Foto: Freepik
O idoso estava acompanhado de uma cuidadora. (Foto: Freepik)

Quase metade dos funcionários e profissionais de saúde das casas de repouso sofreram síndromes de ansiedade ou TEPT (transtorno de estresse pós-traumático) devido à crise da Covid-19, de acordo com um estudo realizado no norte da Itália e publicado nesta quarta-feira (30).

A proporção de transtornos de ansiedade (moderados ou severos) e/ou de transtornos de estresse pós-traumático (moderados ou severos) alcançou 43% da população estudada, com uma predominância do TEPT.

Participaram no estudo pouco mais de 1.000 pessoas, entre funcionários e profissionais da saúde, de 33 estabelecimentos do norte da Itália, a região do país mais afetada pela Covid-19 durante a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil).

“Pela gravidade da situação, esperávamos uma prevalência razoavelmente forte, mas não a este ponto”, declarou à AFP uma das autoras do estudo, Elena Rusconi, professora no Departamento de Psicologia e Ciências Cognitivas da Universidade de Trento.

Estes funcionários representam “uma população em grande medida ignorada, que desempenha um papel muito sensível e crucial em nossa sociedade que teve que carregar um fardo considerável devido à pandemia de Covid-19, de forma particularmente repentina e pesada”, destacam os autores do estudo, publicado na revista Royal Society Open Science.

Para os autores do estudo, os números podem ser explicados pela multiplicação dos fatores de riscos de estresse, somados ao medo de contrair o vírus. Entre os fatores citados estão a forte proximidade com os residentes, que pode provocar uma carga emocional mais significativa, levando em consideração que as pessoas idosas estavam mais expostas às consequências mortais da Covid-19.

As restrições de saúde também provocaram tensões, pois os funcionários precisaram administrar as relações com as famílias, que não estavam autorizadas a visitar os parentes, e os cancelamentos ou restrições das atividades de grupo dentro dos estabelecimentos.

“Os funcionários destes estabelecimentos lamentaram as lacunas de informações sobre os procedimentos para conter a propagação do vírus, a falta de medicamentos e de material de proteção, a falta de pessoal e as dificuldades para transferir os pacientes enfermos com a Covid-19 aos hospitais, ou para isolar estas pessoas dentro do estabelecimento”, afirma o estudo.

Os autores pedem uma “avaliação urgente e profunda do estado psicológico” de todos os funcionários das casas de repouso.

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