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Política Ex-ministros da Saúde vão ser ouvidos nesta semana pela CPI da Covid

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O ex-ministro Mandetta foi demitido em abril de 2020 após ele e o presidente da República terem discordado sobre medidas de controle da doença. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A CPI da Covid confirmou a convocação do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e de três ex-titulares da pasta na gestão do presidente Jair Bolsonaro: Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello.

As oitivas já têm data agendada. Os dois primeiros a falar aos parlamentares serão Mandetta, nesta terça-feira (4), a partir das 10h, e Teich, à tarde. O dia seguinte será dedicado ao general Eduardo Pazuello, que esteve por mais tempo no comando do ministério desde que a pandemia começou. Na quinta (6), será a vez de Queiroga.

Também foi aprovado requerimento para convocações do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, que falará após Queiroga. Todos vão comparecer ao Senado na condição de testemunhas.

Ministro da Justiça

Neste fim de semana, integrantes da CPI da Covid decidiram apresentar requerimento para convocar o ministro da Justiça, Anderson Torres, para explicar fala vista como ameaça indireta aos trabalhos da comissão. As informações são do jornalista Gerson Camarotti.

Em entrevista à revista “Veja”, o ministro Torres defendeu uma CPI ampla, afirmou que é preciso “seguir o dinheiro” e que vai requisitar à Polícia Federal informações sobre os inquéritos que envolvem governadores em desvios de recursos da saúde.

Para o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a fala do ministro da Justiça é uma tentativa do governo de intimidação, já que não teve sucesso em impedir a CPI.

“Vou apresentar requerimento para convocar o ministro Anderson Torres. Ameaçar uma investigação é crime. E essa fala é uma ameaça indireta à CPI. Sem conseguir impedir e desarticular a CPI, agora o governo tenta intimidar a comissão. Isso é um movimento claro de usar a Polícia Federal como polícia política. Se deixar, será criado um estado policial. É preciso dar um freio de arrumação”, disse ao Blog o senador Randolfe.

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), reforçou: “Essa fala de seguir o caminho do dinheiro é uma tentativa de intimidação. Isso é inaceitável”.

Integrantes da CPI já tinham identificado há duas semanas esse movimento do governo Bolsonaro para tentar frear as investigações.

Segundo senadores, sem conseguir evitar a instalação da comissão, o Palácio do Planalto iniciou um movimento de intimidação para conter os desdobramentos das apurações.

O sinal amarelo acendeu com a notícia de que a Polícia Federal fará uma agenda paralela de investigações. A informação, publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, de que quanto mais avançar a CPI, mais explodirão operações estridentes da PF contra governadores e prefeitos, acabou unindo ainda o grupo de senadores independentes e de oposição, o chamado G7.

Os senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho (MDB-PA), suplente da CPI, têm filhos governadores. E os demais senadores são próximos de governadores ou prefeitos em seus respectivos Estados.

 

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