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Economia Fabricantes de papel higiênico e guardanapos alertam para o aumento de custos no Brasil

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Não há risco de desabastecimento para os consumidores finais, segundo o setor

Foto: Pixabay
Não há risco de desabastecimento para os consumidores finais, segundo o setor. (Foto: Pixabay)

Fabricantes brasileiros de papéis para fins sanitários – que incluem papel higiênico, papel toalha, guardanapos e lenços – alertam para a alta de custos nos insumos necessários para a produção desses itens.

A indústria também se queixa da resistência das grandes redes de supermercados em aceitarem reajustes de preços dos produtos, de forma a compensar a alta de custos do setor. A associação que representa os fabricantes descarta desabastecimento para os consumidores finais, mas teme que o desequilíbrio financeiro gerado por esse descasamento entre custos aos produtores e preços aos compradores resulte em falência e aquisições de pequenas empresas, levando a uma maior concentração do setor, o que seria prejudicial ao mercado como um todo.

Segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), os principais insumos utilizados na produção do papel higiênico e outros papéis sanitários tiveram forte alta de preços neste ano: celulose, aparas de papel brancas e marrons, embalagens plásticas e de papelão, energia elétrica e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), utilizado na secagem do papel.

“Muitas matérias-primas, a começar pela celulose, são indexadas ao dólar, e a nossa moeda foi uma das que mais se desvalorizou durante este ano, acima dos 20%. Só isso já é um impacto enorme”, afirmou João Carlos Basilio, presidente-executivo da Abihpec.

Pedro Vilas Boas, diretor da Anguti Estatística, consultoria especializada no mercado de papel, destaca ainda a alta de preços do papel maculatura, utilizado nos tubetes marrons do papel higiênico e toalha.

“Esse papel é feito com aparas marrons, que nos dois últimos meses subiram 40%. Isso aconteceu por falta de material. Essas aparas vêm das caixas de papelão ondulado dos produtos vendidos em lojas e shopping centers. Quando eles ficaram fechados, esse material deixou de ser recolhido, gerando escassez no mercado”, disse.

Por motivo semelhante, também houve alta de preços nas aparas brancas, utilizadas na fabricação dos papéis higiênicos mais baratos, que são feitos com material reciclado.

Em embalagens plásticas, o motivo da alta de preços, segundo Vilas Boas, é tanto o custo da resina plástica, que é atrelado ao dólar e à cotação internacional do petróleo, como as paradas da indústria de embalagens no momento de distanciamento social mais duro da pandemia.

O mercado brasileiro de papel higiênico é hoje bastante pulverizado. O País conta atualmente com 59 fabricantes.

A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), associação que representa a cadeia de produtos de base florestal, afirmou, por meio de nota, que a indústria nacional de celulose e papel tem insumos suficientes para atender ao mercado. “Mesmo nos períodos de maior procura por papel higiênico, papel toalha e lenços de papel, as prateleiras do varejo estavam abastecidas para atender ao consumidor. Essencial, essa indústria permanece trabalhando durante a pandemia, com operações reorganizadas para garantir a segurança dos trabalhadores, empenhada em atender ao mercado.”

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