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Carlos Roberto Schwartsmann Farmacêutica e bélica: as indústrias felizes!

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Depois de 2 anos, e ainda atônitos com a Covid-19, estamos digerindo estupefatos a guerra da Ucrânia.

A pandemia atingiu fortemente as indústrias do Brasil e do resto do mundo. O impacto socioeconômico foi devastador! Milhões de pessoas ficaram desempregadas e milhares de pequenas fabricas desapareceram.

A indústria do turismo foi duramente castigada.

Acabaram as viagens e fecharam os hotéis. Muitos restaurantes cerraram as portas para sempre!

As famílias, as comunidades, as cidades e os países se isolaram.

Agora, em que vivemos momentos de esperança e recuperação econômica apareceu a incompreensível e mortal invasão Russa. Novamente a economia é atingida com desestruturamento da produção de insumos estratégicos (carvão, gás, petróleo, trigo, fertilizantes, etc.)

Entretanto, também inseridos nestes mesmos cenários, duas industrias não tem do que se queixar: farmacêutica e a bélica.

A indústria farmacêutica, desenvolve, fabrica e comercializa medicamentos.
Tem como principal finalidade a cura da doença. Os investimentos em pesquisa são caros, mas são compensados pela divisão do lucro dos royalties das novas drogas patenteadas.

A Pfizer reportou lucro líquido de 22 bilhões de dólares em 2021. Isto significa o dobro do ano anterior.

Com a pandemia a vacina contra a Covid-19, rendeu mais que 12 bilhões de dólares.

A indústria bélica ou armamentista é a que fabrica, vende armas, munições e equipamentos de tecnologia militar. As cinco maiores empresas do mundo são norte americanas. Acredita-se que o gasto anual americano com defesa é maior que 800 bilhões de dólares. A maior empresa americana, Lockeed Martin, vendeu mais de 60 bilhões com armamento militar em 2021. Só nos primeiros meses deste ano as ações valorizaram mais que 20%.

Segundo Nicholas Marsh, pesquisador da PRIO (Peace Research Institute Oslo), a Ucrânia recebeu armas de mais de 20 países desde o início da invasão Russa. As transferências foram feitas com estoques pré-existentes. A reposição destes arsenais é que dará um lucro extraordinário para indústria bélica a partir de agora.

O sistema capitalista é matemático e insensível. Ele pode proporcionar felicidade para alguns mesmo diante da dor e do sofrimento da maioria.
Nestes tempos de pandemia e guerra, também existem industrias felizes: A farmacêutica e a bélica!

Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário

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