Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2016
Confiança. Esta é a palavra-chave traduzida pela presidente da Federasul, Simone Leite, para enfrentar a difícil situação do Estado e por consequência dos empresários, empregados e sociedade. Ela reuniu a imprensa para o tradicional balanço de final de ano da entidade nesta quinta-feira e abordou a integração da Federasul com os setores que abriga, comércio, indústria, serviços e agronegócio, apontando a relevância desta capilaridade, em 24 regiões do Estado em que a Federasul se faz representar.
A presidente foi firme em apontar a sustentabilidade da entidade e sua independência de posicionamento, uma vez que não está atrelada a nenhuma outra instituição. O atual momento da Federasul, envolve um olhar diferenciado sobre o associativismo, num cenário em que a Federasul pela primeira vez abriu seu processo sucessório através de eleições, elegendo uma mulher como presidente pela primeira vez em sua história. “Por isso mesmo nossa responsabilidade é maior ainda”. Ela apontou a força que vem do interior do Estado, onde os empresários começam a ocupar espaços e a participar de encontros associativos, o que é salutar e “resgata o pertencimento da classe produtiva”. Segundo ela, os problemas que o País enfrenta passam também pelo silêncio durante muitos anos da própria sociedade e agora chegou o momento de todos se manifestarem, dos empreendedores saírem de trás das mesas e do balcão, tomarem posições. “A crise é ética, é moral, é política e a sociedade gaúcha precisa se engajar”. Engajamento, segundo ela, é a defesa da Federasul, rumo à retomada do crescimento.
Simone Leite ainda apresentou o selo que marca os 90 anos da entidade, “uma entidade que busca renascer e é muito bom termos esta possibilidade”. O novo selo remete para os próximos 90 anos da Federasul, com uma visão de seu entorno e de propostas colaborativas. Um exemplo, uma pesquisa encomendada pela entidade, a fim de apontar a confiança de empreendedores. Foram 110 entrevistados, sendo 30 da indústria, 30 da área de serviços, 30 do comércio e 20 do agronegócio.
Alguns dados da pesquisa revelam que 37% deles teriam condições de expandir seus negócios mas não o fazem por insegurança do quadro futuro; 60% reduziram seus quadros em 2016 e os manterão assim em 2017; 61% coloca a culpa da crise no Estado e funcionalismo; 26% disseram não ter investido em novas mercadorias para enfrentar as vendas de final de ano. Reiterando este quadro, Simone Leite acredita que a crise política faz aumentar a crise econômica e a falta ade confiança é um dos principais problemas. “Por isso, nós pedimos confiança”.