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Carlos Roberto Schwartsmann Fim de uma era: fim da arte de escrever!

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A História da escrita humano remota há mais de 30.000 anos quando os primeiros símbolos foram desenhados nas paredes das cavernas: As pinturas rupestres. Além do desenho artístico, havia necessidade de marcar avisos e preservar informações para gerações futuras.

Por volta de 4.000 AC os sumérios criaram a escrita cuneiforme que usava objeto pontiagudo em bloco de argila para fazer registro do cotidiano.

O homem percebeu que a escrita é uma codificação de sinais gráficos que possibilita o registro da linguagem falada. É uma comunicação indireta que não necessita o contato de um com o outro.

Uma grande evolução ocorreu em 2.500 AC quando os egípcios introduziram o papiro que foi o precursor do papel.

Em 1455 Gutemberg inventou a “impressão” que possibilitou a reprodução de diferentes materiais escritos. O primeiro livro impresso foi a Bíblia.

A máquina de escrever nasceu em 1867 inventada pelo norte americano Sholes.

A letra cursiva, precursora da nossa escrita manual, nasceu 300 AC com o alfabeto romano.

A letra cursiva é assim chamada, pois permite que as letras sejam ligadas umas às outras. Assim a palavra pode ser escrita com um único traço.

É a que aprendemos no colégio. Ela só se torna possível após a maturação completa do sistema cérebro-musculo-esquelético que ocorre até os 7 anos de idade.

É quando o córtex cerebral e o cerebelo desenvolvem circuitos trançados e harmoniosos. Isto permite o desenvolvimento e aperfeiçoamento da motricidade fina que é realizada pelos pequenos músculos agonistas e antagonistas da mão.

É uma ação conjunta das áreas motoras com a visual que exige raciocínio, atenção, concentração e memória.

Segundo o neurocientista canadense Norman Doidge o aprendizado da letra cursiva é essencial no desenvolvimento das funções cognitivas e da psicomotricidade. Ainda desenvolve disciplina e persistência.

Quando você escreve não pensamos nas letras. Pensamos e alinhamos em palavras de acordo com o nosso pensamento.

Nos dias de hoje as crianças estão cada vez mais precocemente em contato com as inovações tecnológicas. As crianças hoje aprendem rapidamente a teclar. Querem teclar!!

Vários estudos mostram que digitar no computador ou teclar no celular são ações cerebrais mais simplistas do que escrever. Exigem menos coordenações motoras e muito menos raciocínio.

A escrita milenar, que já passou por símbolos, papiro, papel, lápis e livros vai sucumbir e morrer diante da nova era tecnológica.

A arte de escrever, depois de milhares de anos, já tem uma data para desaparecer. Será no máximo, nas próximas três gerações. É o fim de uma era!!

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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