Quarta-feira, 07 de maio de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Finlândia e Suécia indicam planos para se unir à Otan, em mudança histórica de posição

Compartilhe esta notícia:

Países eram neutros por questões geográficas e culturais, mas devem abandonar modelo caso ingressem a aliança militar ocidental. (Foto: Reprodução)

Finlândia e Suécia, dois países nórdicos que historicamente se mantêm neutros militarmente, sem integrar alianças militares, deram fortes pistas nesta quarta-feira (13) de que planejam se unir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no futuro próximo, em uma mudança histórica de posicionamento.

Oficialmente, os países, que dividem fronteiras com a Rússia, afirmam ainda estudar a entrada na aliança. Em uma coletiva conjunta nesta quarta em Estocolmo, no entanto, os líderes dos dois países afirmaram que estudam e veem vantagens na possibilidade. Segundo um jornal sueco, a decisão do governo sueco já está tomada.

A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, disse a repórteres que o país tomará uma decisão sobre se uma candidatura à adesão na aliança de 30 membros “bem rápido, em questão de semanas, não meses”. Marin disse que o Parlamento vai debater uma avaliação oficial de como a invasão da Ucrânia pela Rússia levou a uma “mudança em nosso ambiente de segurança” e avaliar uma mudança histórica na postura de defesa da Finlândia.

“Precisamos ser francos sobre consequências e riscos, tanto a longo quanto a curto prazo”, disse Marin. “Qual é a melhor maneira de garantir que essa [invasão russa] nunca vai acontecer na Finlândia?”

Ela ressaltou que o ingresso na Otan envolve “muitos riscos, e temos que estar preparados para todos os tipos de ações da Rússia”. Em vistas disso, um pedido de adesão deve ser “analisado com muito cuidado”.

“Esses riscos existem tanto se aplicarmos quanto se não aplicarmos”, afirmou.

Durante a entrevista coletiva, a Finlândia anunciou a publicação de um “Livro Branco” formal sobre as “mudanças fundamentais no ambiente de segurança”, destinado a informar o debate parlamentar sobre o assunto.

Ao lado de Marin, sua homóloga sueca, Magdalena Andersson, disse que “é importante para a Súecia acompanhar a discussão na Finlândia, por isso precisamos ter contatos muito próximos”.

“Mas precisamos de um processo na Suécia para pensar nisso”, afirmou Andersson. “É claro que há prós e contras em ser membro da Otan, assim como há prós e contras em outras opções de segurança.”

A Suécia também está revisando sua política de segurança, e o resultado da revisão deve ser anunciado em maio. Segundo a premier finlandesa, a decisão dos dois países será anunciada separadamente.

O jornal sueco SvD, citando fontes do governo não identificadas, publicou uma notícia nesta quarta-feira na qual informa que o governo, liderado pelos social-democratas, já decidiu se candidatar à adesão à Otan. Segundo o jornal, o governo deve esperar que a Finlândia decida fazê-lo primeiro, e apresentará o pedido na cúpula de Madri em 29 e 30 de junho.

Na última segunda (11), o governo anunciou um debate interno para estudar a possibilidade.

No começo de março, a premier sueca descartou pedidos da oposição para se unir à Otan. Historicamente, os dois países nórdicos são próximos da aliança.

A liderança da Otan é discreta sobre novas adesões, e costuma afirmar apenas que a organização tem uma política de portas abertas e qualquer país pode pleitear um convite. Após uma reunião de ministros das Relações Exteriores da aliança na semana passada, o secretário-geral, Jens Stoltenberg, disse em referência a Finlândia e Suécia que “não há outros países mais próximos da Otan” e que ambos “podem facilmente se juntar à aliança se decidirem se candidatar”.

Na segunda, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Otan “continua sendo uma ferramenta voltada para o confronto, e sua expansão não trará estabilidade ao continente europeu”.

Peskov também afirmou que, se os ingressos se confirmarem, a Rússia precisará “reequilibrar a situação” com suas próprias medidas.

A entrada dos dois países representaria uma vitória política para os Estados Unidos, ao fortalecer a aliança atlântica e aproximar os países da esfera de influência americana.

Segundo Mike Mazarr, analista de defesa da RAND Corporation, “esses passos (…) ajudam a alcançar um objetivo menos imediato, mas fundamental da estratégia dos EUA: deixar 100% claro que a posição estratégica geral da Rússia é mensuravelmente pior após esta invasão”.

tags: em foco

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Militares dos Estados Unidos confirmam que um meteoro interestelar colidiu com a Terra
Ucrânia acusa Rússia de usar bombas de fósforo branco na guerra
https://www.osul.com.br/finlandia-e-suecia-indicam-planos-para-se-unir-a-otan-em-mudanca-historica-de-posicao/ Finlândia e Suécia indicam planos para se unir à Otan, em mudança histórica de posição 2022-04-13
Deixe seu comentário
Pode te interessar