Terça-feira, 30 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2015
Integrantes do governo Dilma Rousseff avaliaram que o cumprimento, nesta terça-feira (15), de mandados de busca e apreensão nas residências do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); dos ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), ambos do PMDB; e de parlamentares, aumenta ainda mais instabilidade política no País.
Nos bastidores, a nova fase da Lava-Jato, que atingiu em cheio o PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer e maior sigla da base aliada ao governo, preocupa. Planalto e PMDB seguem em uma relação tensa desde o início do segundo mandato de Dilma e, para integrantes do governo, o quadro político se agrava ainda mais com a legenda no alvo da PF.
Assessores do Planalto ponderam ainda que a ação também pode ter na mira aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com quem o governo mantém diálogo diante da tramitação do processo de impeachment no Legislativo. A ação da PF atinge o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), apontado como interlocutor de Calheiros.
Logo cedo, Dilma foi informada da operação pelo ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). A petista viajou para uma agenda em Congonhas (MG) e retorna à capital federal no início da tarde. (Folhapress)