Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de julho de 2015
Um grupo simpatizante da milícia EI (Estado Islâmico) no Egito assumiu a autoria do atentado com carro-bomba que matou uma pessoa e deixou ao menos quatro feridas neste sábado (11), em frente ao consulado da Itália no Cairo, capital egípcia.
Em um breve comunicado divulgado nas redes sociais, os radicais disseram que o veículo transportava 450 quilos de explosivos.
“Os soldados do Estado Islâmico conseguiram detonar um carro-bomba que estava estacionado e levava 450 quilos de material explosivo em frente ao consulado italiano no centro do Cairo”, explicou a nota.
O grupo extremista, com base na Península do Sinai, aconselhou os muçulmanos que se “afastem de todos estes edifícios oficiais porque são alvos dos ataques dos mujahedins (guerreiros santos)”.
O Ministério do Interior egípcio informou que os explosivos estavam em um carro estacionado em frente ao consulado e foram detonados por controle remoto às 6h30 locais.
A forte explosão causou grande destruição na fachada do consulado, que estava fechado no momento do ataque, e em outros imóveis nos arredores.
Em Roma, o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, afirmou que se trata de “um ataque direto contra a Itália” mas que não causou vítimas entre seus cidadãos.
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, conversou por telefone com o presidente egípcio, Abdul Fatah al-Sisi, e lhe ofereceu para “lutarem juntos contra o terrorismo e o fanatismo”.
Já o juiz egípcio Ahmed Fudali, aliado do presidente al-Sisi, disse que o atentado tinha ele próprio como alvo, e que o ocorrido foi “uma tentativa de assassinato”.
Fudali explicou que estava na Associação de Jovens Muçulmanos, cuja sede fica na frente do consulado e na qual ocupa um alto cargo. Ele havia deixado o local pouco antes da explosão
A forte explosão provocou sérios danos à fachada do edifício da representação diplomática italiana, que estava fechada no momento do ataque, e em outros imóveis próximos no bairro de Bulaq Abu Laela.
O porta-voz do Ministério da Saúde do Egito, Hosam Abdelgafar, confirmou o número de vítimas e explicou que os feridos foram levados ao hospital com contusões e queimaduras. Três deles seriam membros de uma mesma família. (Folhapress)