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Armando Burd Guardem os foguetes

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A sessão, que já tinha atingido uma hora e meia de duração, acabou suspensa. (Foto: Guerreiro/Agência ALRS)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Em Brasília, o governo anunciou ontem que o déficit no orçamento do ano passado foi de 124 bilhões de reais, ficando abaixo da meta de 159 bilhões. Tecnocratas não esconderam uma certa euforia com o resultado. Ora, festejar um rombo pago pela população…

Em 2003, houve superávit de 52 bilhões de reais e o pagamento total de juros para rolar a dívida pública ficou em 114 bilhões. Ontem à noite, o placar eletrônico Jurômetro registrava 32 bilhões e 900 milhões de reais. A contagem começou no dia 1º deste mês. Em dezembro, a mesma rubrica terá superado 400 bilhões.

Comprova apenas que somos uma máquina eficiente de pagar juros asfixiantes aos bancos por compromissos assumidos há décadas e sobre os quais praticamente desconhecemos por falta de transparência.

Recurso fácil e caro

Antes que o governo volte a cogitar aumento de impostos para tapar buracos de suas contas, é preciso lembrar que a iniciativa diminui a capacidade de poupança e de consumo da população, além de sequestrar a competitividade do setor produtivo.

Governo perde o 1º round

Bilocação significa estar em dois lugares ao mesmo tempo. Há deputados estaduais que procuram alcançar o know how. Uma vez aberta a sessão plenária, costumam registrar a presença e sair para algum outro compromisso no prédio. Retornam às pressas quando são chamados para votação.
Ontem, primeiro dia da convocação extraordinária da Assembleia Legislativa, a oposição percebeu o cochilo dos governistas e pediu a verificação do quorum. Não mais do que 26 parlamentares apertaram o botão do painel eletrônico. Eram necessários 28. A sessão, que já tinha atingido uma hora e meia de duração, acabou suspensa. Estava na pauta a votação de dois projetos: o do Regime de Recuperação Fiscal e o da retirada da exigência de plebiscito para federalizar ou privatizar a CEEE, a Sulgás e a CRM.
Fica para hoje a nova tentativa. A base aliada não sairá do plenário nem para ir ao banheiro.

Para salvar a educação

O final das férias faz ressurgir o temor de nova greve do magistério, que provoca transtornos aos pais. Sem aulas, precisam cuidar dos filhos pelo menos em um turno. Muitos deixam de trabalhar.

Tentativa de composição

A Assembleia Legislativa cumpriria uma grande missão se instalasse, a partir do próximo mês, um fórum sobre o apagão educacional. Com a participação do Executivo, do magistério e do pais, surgiria a radiografia ainda não realizada de toda a estrutura, os gargalos, a qualidade do ensino, os salários e a precariedade do Tesouro do Estado. Sem fazer da ação um palco para brilhaturas pessoais e embates partidários, mas buscando encontrar saídas exequíveis.

Desde a primeira greve do magistério, em março de 1979, quando começava o governo Amaral de Souza, elas se sucedem sem resolver quase nada. Chegou o momento de praticar o jogo da verdade em benefício dos alunos.

Exemplo a ser seguido

Minas Gerais larga na frente: seis secretários estaduais deixarão seus cargos amanhã para concorrer às eleições de outubro. O prazo para desincompatibilização é o começo de abril, mas alegam que os substitutos, com dois meses de antecipação, poderão fazer mais pela administração. Têm razão.

Ilusão coletiva

O que aconteceu na eleição presidencial de 1989 não pode ser esquecido. A maioria intuiu que não deveria votar em partidos políticos, em ideologias ou coligações tidas como esdrúxulas. A preferência recaiu sobre quem se apresentou como tendo virtudes básicas: dedicação ao trabalho, combate às mordomias, respeito à lei e austeridade. Venceu o candidato sem partido para levar o país ao eixo da normalidade econômica, política e social. Acabou como se sabe. Collor contradisse tudo.

O começo

A 30 de janeiro de 1963, na primeira entrevista à Imprensa após o restabelecimento do presidencialismo, João Goulart anunciou que encaminharia ao Congresso projetos das reformas de base. O primeiro seria para mudanças profundas no setor agrário. Caiu um ano, dois meses e um dia depois.

Meteorologia

Nos Estados Unidos ocorrem grandes furacões. No Brasil, não. Aqui, desviam.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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