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Geral HPV: saiba o que é e por que a maioria das mulheres deve se vacinar

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O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e pode ser prevenida com vacina. (Foto: Reprodução)

“O HPV é um vírus que você tem, teve ou terá”. É assim que a presidente da Comissão de trato genital inferior da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Neila Gois Speck, se refere ao papiloma vírus humano (HPV), a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo.

A maioria das infecções causadas pelo HPV, segundo a médica Neila Gois, não tem significado algum. Com caráter transitório, elas são tratadas pelo próprio sistema imunológico, que as elimina. Apenas cerca de 10% das infecções vão ter um significado maior.

No entanto, o HPV é o vírus responsável pelas lesões que causam o câncer de colo do útero, a terceira maior causa de câncer na mulher. Segundo os últimos dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, aproximadamente 570 mil novos casos da doença foram diagnosticados ao redor do mundo em 2018, fazendo deste o quarto tipo de doença mais comum no planeta. Todo ano, mais de 310 mil mulheres morrem dessa doença.

Mesmo sendo um vírus extremamente comum, ainda há muita desinformação sobre ele, as lesões provocadas, seus tratamentos e sua prevenção.

O que é o HPV?

Segundo a médica Neila Gois, existem mais de 200 tipos de HPV. Cerca de 40 são da região anogenital. Desses, 15 são oncogênicos, podendo causar lesões chamadas de pré-câncer (com potencial de se transformar na doença), ou o câncer em si.

“A maioria das infecções causadas pelo HPV não tem significado nenhum. O próprio sistema imunológico elimina a infecção.”

Segundo Neila, o HPV pode provocar câncer no colo do útero, na boca, no ânus, pênis, vulva, etc. No entanto, é raro uma infecção se transformar em câncer. Mas, como vimos acima, o vírus é tão comum que os casos considerados raros acabam se tornando frequentes.

Diferença entre as infecções

Uma das manifestações do HPV pode ser o aparecimento de verrugas, que são totalmente benignas. Elas podem causar coceira, irritação e desconforto. As formas de tratamento são variadas, entre elas o uso de ácido, cauterização e medicação local.

O HPV de risco, aquele que pode incluir lesões pré-câncer, não apresenta sintomas. Ele será detectado através dos exames de prevenção como o papanicolau. Essa manifestação de risco é classificada em duas categorias: baixo grau e alto grau.

“A de baixo grau é só uma infecção, sem progressão alguma. Para essas lesões, fazemos apenas um controle para uma eliminação espontânea. As lesões de alto grau são consideradas pré-câncer, e o tratamento vai depender do local de manifestação e serve para evitar a evolução para um câncer.”

Como se contrai o HPV?

O vírus é sexualmente transmissível. Pode ocorrer a contaminação de outras formas, mas, segundo Neila, é pouco frequente.

Formas de prevenção

A vacina é a principal forma de prevenção, é 100% eficaz e dura a vida toda. A vacina quadrivalente (que combate quatro tipos de HPV) está disponível nos postos de saúde para meninos de 11 a 14 anos e para as meninas de 9 a 14 anos. Para pessoas com problemas imunológicos, como o HIV, a vacina é liberada até os 26 anos.

“O homem tem que vacinar também! Apesar de hoje em dia não ter tanta relação com a parte genital, o HPV pode causar infecções na boca e na orofaringe”, explica a médica.

A vacina também está disponível na rede privada para aqueles que não a tomaram na faixa de idade disponibilizada nos postos de saúde pública.

“Na rede pública há essa limitação de idade, mas na rede privada a vacina quadrivalente é aplicada para mulheres de até 45 anos e para homens de até 26 anos. A bivalente está disponível para mulheres sem limite de idade na rede privada e para os homens essa vacina não é recomendada.”

Para pessoas abaixo de 15 anos, a vacina quadrivalente é aplicada em duas doses, com intervalo de seis meses. Para pessoas acima de 15 anos, serão feitas três doses, com intervalos de dois e seis meses. Ainda não há vacina no Brasil que combata todos os tipos de HPV.

“A adesão da vacina é baixa, as pessoas ainda têm muito preconceito. Os jovens de até 15 anos dependem dos pais para a vacinação. Como é uma doença muito ligada à sexualidade, existe um tabu. Ainda há a questão do custo, que é muito alto na rede privada. Então, quem não toma na rede pública, dificilmente vai se vacinar depois. A vacina é segura e deve ser aplicada.”

Como é um vírus sexualmente transmissível, a camisinha é uma forma de prevenção, mas não é considerada 100% eficaz.

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https://www.osul.com.br/hpv-saiba-o-que-e-e-por-que-a-maioria-das-mulheres-deve-se-vacinar/ HPV: saiba o que é e por que a maioria das mulheres deve se vacinar 2020-12-03
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