Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 11 de dezembro de 2020
Em relação a outubro de 2019, o setor recuou 7,4%.
Foto: Tomaz Silva/Agência BrasilO setor de serviços avançou 1,7% na passagem de setembro para outubro, o quinto resultado positivo consecutivo, acumulando ganho de 15,8% no período. O resultado, entretanto, ainda é insuficiente para compensar as perdas de 19,8% entre fevereiro e maio, causadas pela pandemia de Covid-19. Os dados constam da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta-feira (11), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O volume de serviços prestados está 16,6% abaixo do recorde histórico alcançado em novembro de 2014 e 6,1% inferior a fevereiro de 2020.
Em relação a outubro de 2019, o setor recuou 7,4%, registrando a oitava taxa negativa seguida nessa comparação. No ano, a queda foi de 8,7%, enquanto nos últimos 12 meses o recuo chegou a 6,8%, resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, em dezembro de 2012.
Na passagem de setembro para outubro, quatro das cinco atividades pesquisadas cresceram, com destaque para informação e comunicação (2,6%). Este setor, porém, ainda acumula queda de 2,3% no ano. O segmento de tecnologia da informação mostrou recuperação, sendo um dos poucos com resultado positivo no acumulado do ano (7,4%).
Efeitos da pandemia
Dentre as áreas mais afetadas pela pandemia, o item transportes (1,5%) cresceu pelo sexto mês consecutivo, enquanto os serviços prestados às famílias (4,6%) atingiram a terceira alta seguida. No entanto, no ano ainda acumulam retração de 8,5% e de 37,7%, respectivamente.
Segundo o IBGE, o índice de atividades turísticas teve expansão de 7,1% frente ao mês imediatamente anterior, sexta taxa positiva seguida, período em que acumulou ganho de 102,6%. Contudo, o segmento ainda precisa avançar 54,7% para retornar ao patamar de fevereiro.
Alguns segmentos de serviços que se relacionam diretamente com o turismo, como o de alojamento e alimentação, que teve alta de 6,4% em outubro frente ao mês anterior, e o de transporte aéreo, com expansão de 0,7%, ainda acumulam quedas expressivas no ano: -39,2% e -37,6%, respectivamente.
IBGE prevê altas de safra de 4,4% em 2020 e de 1,9% em 2021
A safra brasileira de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2020 em 252 milhões de toneladas, ou seja, 4,4% superior à registrada em 2019. Para 2021, a previsão é que a produção de grãos no País chegue a 256,8 milhões de toneladas, 1,9% a mais do que o projetado para este ano.
A estimativa é do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de novembro, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A estimativa para 2020, feita em novembro, não variou em relação à previsão da pesquisa de outubro.
Já o prognóstico para 2021, feito em novembro, foi 1,4% superior ao realizado em outubro pelo IBGE.