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Economia Inflação e juros em alta afetam ações de empresas de tecnologia na Bolsa

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Inflação por faixas de renda mostra que taxa foi de 0,63% para os mais pobres, enquanto mais ricos tiveram alta de 0,34%. (Foto: Reprodução)

O ano começou ruim para as empresas de tecnologia. Um levantamento feito pela Economatica mostra que, de 26 companhias do setor, apenas nove estão com saldo positivo no acumulado desde o início de janeiro.

O desempenho do Índice Tech Brasil, que mede a performance das empresas tech listadas na B3, confirma que o cenário não está favorável. Até 27 de janeiro (último dado disponível), o índice amargava queda de 9,2%, enquanto o Ibovespa tinha ganho de 7,4% no mesmo período.

Diversos fatores contribuem para o baixo rendimento das ações. Com a elevação dos juros e da inflação, companhias como as de tecnologia, que possuem promessas de retorno e de crescimento a longo prazo, são as mais afetadas.

Segundo Aline Tavares, analista da Spiti, a maior parte do valor de mercado dessas empresas está projetada para os próximos anos.

Quando há um cenário de aumento da inflação, Aline acrescenta que os investidores costumam prever novas altas da taxa de juros para os próximos anos. Com isso, o valor das empresas tende a cair.

“Quando temos alta na taxa de juros, há desaceleração econômica. Então, teoricamente, o crescimento das empresas nos próximos anos pode ser prejudicado”, acrescenta a analista da Spiti.

Entre os meses de agosto de 2020 e os primeiros dias de março de 2021, o índice Tech Brasil performou com saldo positivo nos acumulados mensais, exceto no mês de setembro.

De acordo com Daniel Jannuzzi, da Magnetis, gestora do índice Tech Brasil, como as taxas de juros estavam mais baixas, havia um movimento de liquidez nos mercados. As restrições impostas pela pandemia, como os decretos de isolamento social, também contribuíram para o resultado.

Por outro lado, os desempenhos mensais caíram ao longo do segundo semestre de 2021, no momento em que o Banco Central (BC) realizou sucessivos aumentos da Selic para tentar frear a inflação. O cenário internacional também pressionou a performance dos ativos.

Além disso, as Ofertas Públicas de Ações (IPOS) na B3 ao longo de 2021 podem ter contribuído para as quedas registradas na precificação dos papéis. Levantamento feito pela PWC mostra que as empresas do setor de tecnologia da informação foram as que mais registraram IPOS no ano passado.

Segundo Wagner Chavez, analista de Investimentos da SFA Investimentos, esse fator também contribuiu para a derrocada do preço das ações em momento de alta de juros e aumento da inflação.

Por estarem em estágio inicial, não possuem capital suficiente para se proteger da volatilidade de mercado. “De modo geral, essas empresas precisam de dinheiro de terceiros para que consigam tocar com suas operações”, diz Chavez.

O problema é que, em um cenário econômico de alta inflação e de elevação da taxas de juros, o investidor costuma evitar ativos mais suscetíveis às volatilidades do mercado. “Neste momento, o mercado prefere empresas mais consolidadas com um fluxo de caixa positivo e até com previsão de dividendos”, afirma Chavez.

Ações

Os papéis da Clearsale (CLSA3) apresentaram o melhor resultado no acumulado de 2022, com alta de 23,5% em janeiro. Os da Modalmais (MODL11) vêm na sequência, com valorização de 20%.

Embora tais números sejam positivos, Rafael Bombini, especialista em renda variável da EWZ, acredita que o resultado se deve a um “alívio” na precificação dos papéis após essas empresas terem registrado um saldo negativo no acumulado do ano passado.

O motivo, segundo ele, está mais associado ao movimento de compra das ações dessas companhias por investidores estrangeiros, que tem sido maior do que em outros períodos ao longo de 2021. No entanto, Bombini acredita que as boas performances não devem durar por muito tempo devido à perspectiva de aumento da taxa de juros, principalmente nos EUA.

João Abdouni, analista da Inversa, recomenda a compra das ações do Banco Inter (BIDI11), que possui 9% de participação do índice Tech Brasil. “A gente acha que a empresa possui um ‘valuation’ interessante. Temos um preço-alvo para o BIDI11 de R$ 34,90”, afirma.

O BTG Pactual recomenda a compra das ações da Clearsale (CSLA3). Para o banco, a empresa de proteção contra fraude em e-commerce no Brasil possui grande participação no mercado brasileiro e o papel está mais barato do que o de outras empresas do segmento no mercado global.

Segundo o BTG, a Clearsale está com um grande desconto para o seu par mais óbvio, que é a empresa israelense Riskified. Enquanto a Clearsale negocia em 1,9 vezes o seu valor de mercado dividido pelas vendas (Ev/vendas), que é indicador usado para encontrar ações baratas na Bolsa, a Riskifield está em um patamar de três vezes.

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https://www.osul.com.br/inflacao-e-juros-em-alta-afetam-acoes-de-empresas-de-tecnologia-na-bolsa/ Inflação e juros em alta afetam ações de empresas de tecnologia na Bolsa 2022-01-31
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