Sábado, 18 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2021
Com o resultado, o IPCA acumula alta de 9,26% no ano e de 10,74% nos últimos 12 meses
Foto: Marcello Casal Jr./Agência BrasilPuxado mais uma vez pela alta da gasolina, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do País, ficou em 0,95% em novembro, após ter registrado variação de 1,25% em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar de ter desacelerado na comparação com o mês anterior, essa foi a maior variação para novembro desde 2015 (1,01%). Com o resultado, o IPCA acumula alta de 9,26% no ano e de 10,74% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,67%). Trata-se do maior índice para um intervalo de um ano desde novembro de 2003, quando a taxa foi de 11,02%.
A inflação acumulada em 12 meses permanece também mais do que o dobro do teto da meta fixada pelo governo para 2021 (5,25%). Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. A maior variação (3,35%) e o maior impacto (0,72 ponto percentual) vieram dos custos do grupo transportes.
O grande destaque, mais uma vez, foi a alta da gasolina (7,38%), que contribuiu com o maior impacto individual no IPCA do mês (0,46 ponto percentual), respondendo por praticamente metade da taxa de inflação. Houve altas expressivas também nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%). Com o resultado de novembro, a gasolina acumula, em 12 meses, alta de 50,78%, o etanol, de 69,40%, e o diesel, 49,56%.
O segundo maior impacto (0,17 ponto percentual) foi da habitação (1,03%). Na sequência, veio despesas pessoais (0,57%), que contribuiu com 0,06 ponto percentual. No lado das quedas, os destaques foram saúde e cuidados pessoais (-0,57%) e alimentação e bebidas (-0,04%), com impactos de -0,07 e -0,01 pontos percentuais, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre 0,02% de educação e 1,03% de artigos de residência.