Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Flavio Pereira | 21 de março de 2020
As dificuldades encontradas pelos partidos em cumprirem o cronograma legal que precede a eleição municipal já faz surgirem especulações e até propostas pelo adiamento das eleições municipais para prefeitos, vices e vereadores em outubro deste ano. O Senador Major Olímpio (PSL-SP) sugere que o adiamento das eleições traria uma economia de R$ 1,5 bilhão em despesas com o processo eleitoral, e ainda dos R$ 2 bilhões do Fundo Eleitoral. Recursos que poderiam ser direcionados para o combate ao Coronavírus.
TSE já admitiu dificuldades
O próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já admitiu a possibilidade de encontrar dificuldades na aquisição de um estoque adicional de urnas eletrônicas, em razão dos problemas de mercado criados a partir do Coronavírus. Os cartórios eleitorais suspenderam o atendimento presencial em todo o país.
Faltam menos de 200 dias para a eleição
Ontem, o senador Major Olímpio (PSL-SP) admitiu a impossibilidade dos partidos em planejar as convenções e campanhas eleitorais, diante da dificuldade em reunir filiados e promover encontros políticos. Ele avalia que “faltam menos de 200 dias para as eleições municipais e, com essa crise de saúde pública, que nós esperamos que serene o mais rápido possível, a administração pública tem que se planejar. Não acredito que nós tenhamos tempo para campanhas eleitorais”. O adiamento implicaria em mudar o texto da Lei das Eleições (Lei n° 9.504/1997).
Mesmo sem necessidade de comparecer ao plenário, seis senadores faltam à sessão
O Senado Federal comemorou ontem o fato de, por unanimidade, aprovar com 75 votos em processo de votação remota, o projeto de decreto legislativo que reconhece que o país está em estado de calamidade pública em razão da pandemia do coronavírus. Foi a primeira vez na história dos 196 anos da Casa que os parlamentares votaram sem estarem no Plenário. A medida foi tomada como precaução para evitar a propagação da covid-19.
Gazeteiros convictos?
Os senadores tiveram duas horas para votar, utilizando aplicativos em seus aparelhos celulares ou notebooks, sem necessidade de comparecer ao plenário. Mesmo assim, sem essa necessidade de comparecer ao plenário ou sequer estar em Brasília, seis dos 81 senadores não votaram.
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