Segunda-feira, 27 de maio de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
14°
Light Rain

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Joesley Batista detalha à Polícia Federal a entrega de uma mala com 500 mil reais em dinheiro vivo ao presidente do Partido Progressista

Compartilhe esta notícia:

Joesley Batista segue falando sobre esquemas de corrupção. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O empresário Joesley Batista, do grupo J&F, prestou no último dia 6 novo depoimento à Polícia Federal, em Brasília, sobre a suposta entrega de uma mala com R$ 500 mil ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas. O depoimento traz detalhes sobre o local e o repasse do dinheiro, aprofundando o relato feito pelo empresário em depoimento da delação, no ano passado. O advogado de Ciro Nogueira disse, por nota, que ele nunca recebeu dinheiro de Joesley Batista e que a gravação da conversa vai comprovar isso.

Na nota é dito ainda que Ciro Nogueira mantinha com Joesley uma relação “republicana” de um senador com um grande empresário.

Em depoimento, Joesley contou que, em 17 de março do ano passado, houve uma reunião entre ele, o ex-diretor do grupo J&F Ricardo Saud e o senador Ciro Nogueira por volta das 19h.

O encontro teria sido gravado “para registrar os diálogos e tratativas de entrega de R$ 500 mil para Ciro Nogueira, o que de fato ocorreu”.

Segundo Joesley, a mala foi entregue por Saud para o senador Ciro Nogueira na garagem da casa do empresário, em São Paulo”.

Em depoimento anterior, Joesley já havia relatado a entrega dessa quantia em uma mala para Ciro Nogueira, como pagamento de propina – sem dar os detalhes que acrescentou no novo depoimento.

Joesley repetiu o método usado com o ex-assessor do presidente Michel Temer e que se tornou a cena mais conhecida da delação: uma mala de 500 mil , também entregue por Ricardo Saud, também em São Paulo.

Na delação, ainda no ano passado, Joesley relatou sua proximidade com Ciro Nogueira. Contou que o senador era um de seu maiores interlocutores políticos pra trata de interesses da J&F nos últimos 3 anos.

Na terça-feira, o senador Ciro Nogueira, o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e o ex-deputado pelo Progressistas, hoje no PROS, Marcio Junqueira foram alvos de uma nova investigação da Lava-Jato sobre a suspeita da compra de silêncio de uma testemunha, o ex-assessor do senador, José Expedito Rodrigues Almeida.

Em relação ao novo depoimento sobre Ciro, o empresário Joesley Batista foi ouvido no inquérito que apura se o ex-procurador Marcelo Miller auxiliou os delatores da J&F enquanto ainda estava na PGR (Procuradoria-Geral da República) e se os delatores omitiram informações da delação.

Por causa dessas suspeitas, o acordo de delação está em revisão e os colaboradores podem perder os benefícios – mas a decisão definitiva ainda não foi tomada, cabe ao ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Relembre o caso

O empresário Joesley Batista, um dos do donos do grupo J&F, e o executivo da empresa Ricardo Saud afirmaram em setembro, em depoimento à Polícia Federal, que pagaram propina ao senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, inclusive com a entrega de uma mala de dinheiro de R$ 500 mil e doação não contabilizada na campanha de 2016, quando as doações de empresas passaram a ser proibidas.

Na ocasião Joesley disse também que seus maiores interlocutores sobre tudo o que acontecia com a empresa, dona da JBS, no âmbito da Operação Lava-Jato nos últimos três anos foram Ciro Nogueira, o atual presidente da República, Michel Temer, e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Saud afirmou que os delatores tentaram gravar a entrega de dinheiro ao senador do Piauí na casa de Joesley. Ciro teria colocando a mala no porta-malas de um carro dirigido por seu motorista, mas ele estacionou em um local onde a câmera de segurança da casa não capturou a cena.

O executivo também afirmou que a perda de gravação mencionada no começo do áudio da conversa entre ele e Joesley que terminou na prisão de ambos era do vídeo. Saud não faz menção a quando teria sido feito esse pagamento.

Joesley deu outra versão sobre uma entrega de R$ 500 mil ao senador e presidente nacional do PP, mas não ficou claro se ele se refere ao mesmo pagamento mencionado por Saud. Segundo o empresário, o dinheiro em espécie foi entregue na casa de Ciro Nogueira e eram a primeira parte de um pagamento de R$ 8 milhões para o PP ajudar a então presidente, Dilma Rousseff, na votação contra o impeachment – que ocorreu em abril de 2016.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Suspeitos de terrorismo presos em operação da Polícia Federal estão em presídio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul
FenaMassa será realizada em outubro, em Antônio Prado
https://www.osul.com.br/joesley-batista-deu-detalhes-a-policia-federal-sobre-a-entrega-de-uma-mala-de-500-mil-reais-a-um-senador-que-negou-a-versao/ Joesley Batista detalha à Polícia Federal a entrega de uma mala com 500 mil reais em dinheiro vivo ao presidente do Partido Progressista 2018-04-25
Deixe seu comentário
Pode te interessar