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Brasil Juiz da Lava Jato prorroga prisão de irmão de Dirceu por cinco dias

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O magistrado mandou soltar outros dois auxilares de Dirceu, que haviam sido presos na última segunda-feira. (Foto: Ricardo Borges/Folhapress)

O juiz federal Sergio Moro, que atua nos processos da Operação Lava Jato, estendeu por mais cinco dias as prisão do irmão e de um auxiliar do ex-ministro José Dirceu. O magistrado mandou soltar outros dois auxilares de Dirceu, que haviam sido presos na última segunda-feira.

O irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, reconheceu em depoimento à Polícia Federal que pediu ajuda a empreiteiras investigadas na Lava Jato após a condenação de Dirceu no mensalão, em outubro de 2010.

O juiz interpretou a declaração como uma mudança na defesa de Dirceu, que dissera anteriormente que a JD Consultoria, empresa do ex-ministro, só recebera por serviços prestados.
Segundo o decreto do juiz, Luiz Eduardo “também admitiu aparentemente que pagamentos efetuados por empreiteiras após a condenação de José Dirceu não teriam sido efetuados a título de consultoria, como anteriormente afirmava a empresa JD em sua defesa, mas a título de ‘auxílio'”.

Ainda de acordo com o juiz, o irmão de Dirceu disse ter recebido ajuda da OAS com o uso de uma outra empresa para fazer o repasse, o que pode caracterizar fraude, na visão do magistrado.

O outro auxiliar de Dirceu que teve a prisão prorrogada por mais cinco dias é Roberto Marques, apontado pela Polícia Federal como o braço-direito de Dirceu. Marques admitiu que recebeu cerca de R$ 30 mil mensais da empresa de Dirceu em 2011, durante cinco meses.

O juiz estendeu também a prisão do empresário Pablo Kipermist, da Consist, empresa que tem contratos com o Ministério do Planejamento e depositou R$ 14,1 milhões numa empresa de consultoria do empresário Milton Pascowitch, a Jamp, entre 2011 e 2014.

Após fechar um acordo de delação, Pascowitch disse que, desse montante, cerca de R$ 10 milhões eram destinado a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT que está preso em Curitiba.

Foram soltos os auxiliares de Dirceu Julio Cesar dos Santos e Olavo Hourneaux de Moura Filho. Julio Cesar admitiu que usou a empresa TGS Consultoria para ocultar patrimônio de Dirceu. Um imóvel em Vinhedo e a casa da mãe de Dirceu, na cidade de Passo Quatro (MG), estavam em nome da TGS.

OUTRO LADO

O advogado de Dirceu e de seu irmão, Roberto Podval, diz que não houve mudança na linha da defesa com o depoimento de Luiz Eduardo em que ele reconheceu que pediu ajuda a empreiteiras.

“É a primeira vez que o Luiz Eduardo tem a oportunidade de falar e ele explicou tudo o que foi feito. Com a prisão do Zé Dirceu, ele pediu ajuda a empresas para as quais a JD havia prestado consultoria. Algumas ajudaram. Ajudaram porque o Zé Dirceu era um figura importante e influente. Não estou minimizando nada. Mas o que o Luiz Eduardo disse é a pura verdade”, afirmou.

Essa ajuda, segundo Podval, não significa que as consultorias não foram prestados. “A JD prestou os serviços e recebeu”, afirmou.

OAS foi procurada por meio de assessoria, mas ainda não se pronunciou até a publicação desta reportagem. (Folha)

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