Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de junho de 2020
Um juiz estabeleceu a fiança de 1 milhão de dólares nesta quinta-feira (4) para três dos policiais de Mineápolis acusados de cumplicidade na morte de George Floyd, um homem negro cujo assassinato sob custódia da polícia levou a uma série de protestos generalizados pelos Estados Unidos.
A fiança para os três acusados, que fizeram sua primeira aparição no tribunal nesta quinta-feira, seria baixada para 750 mil dólares se eles concordassem com certas condições, inclusive abrir mão de quaisquer armas de fogo pessoais. O juiz Paul Scoggin estabeleceu que os homens devem aparecer no tribunal novamente em 29 de junho.
Thomas Lane, J. Alexander Kueng e Tou Thao foram acusados na quarta-feira de ajuda e cumplicidade em assassinato de segundo grau e de ajuda e cumplicidade em homicídio culposo. Eles poderão enfrentar até 40 anos de prisão se condenados.
Derek Chauvin, o policial que pressionou seu joelho sobre o pescoço de Floyd por quase nove minutos e está sendo acusado de assassinato em segundo grau deve aparecer diante da corte na próxima segunda-feira. Todos os policiais foram demitidos do departamento de polícia de Mineápolis.
Nenhum dos três homens falou diante do tribunal. Vestidos em macacões laranjas, eles apareceram separadamente em audiências consecutivas que duraram cinco minutos cada. No Estado de Minnesota, os acusados não apresentam suas alegações em audiências preliminares.
No assassinato ocorrido no dia 25 de maio, Lane e Kueng foram filmados ajudando a pressionar Floyd no chão. Thao guardou vigia entre pessoas que assistiam a cena e os policiais que seguravam Floyd no chão.
Homenagem
Centenas de pessoas nesta quinta-feira homenagearam George Floyd. Philonise Floyd, irmão de Floyd, disse na cerimônia na Universidade Central North, em Minnesota, que sua família era pobre e que George lavava as meias e roupas da família na pia e as secava no forno, pois eles não tinham secadora.
“É louco, cara, todas essas pessoas vieram ver meu irmão, é incrível como ele tocou tantos corações”, disse o irmão, que vestia um terno escuro e um broche com uma foto de seu irmão e com as palavras “Eu não consigo respirar” na lapela.
Uma imensa multidão desafiou os toques de recolher e tomou as ruas de cidades por todo o país por nove noites em protestos por vezes violentos que levaram o presidente Donald Trump a ameaçar enviar as Forças Armadas. As informações são da agência de notícias Reuters.