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Geral Aumenta a diferença na carga de trabalho doméstico entre homens e mulheres

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As mulheres é que elas exercem cerca de 2,7 horas a mais de tarefas domésticas não remuneradas que os homens. (Foto: Reprodução)

Embora a participação dos homens nos afazeres domésticos seja crescente – a taxa de realização subiu 6,7 p.p. (pontos percentuais) entre 2016 (71,9%,) e 2019 (78,6%) –, as mulheres não só continuam sendo as que mais realizam esses trabalhos, como têm tido participação crescente, passando de uma taxa de 89,9% em 2016 para 92,1% em 2019. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A maior diferença de taxa de realização entre homens e mulheres é na região Nordeste, de 21 p.p. As atividades com as maiores discrepâncias entre mulheres e homens são cozinhar (33,5 p.p) e lavar roupas e calçados (36,6 p.p.). A única atividade realizada mais por homens (58,1%) que mulheres (30,6%) é fazer pequenos reparos ou manutenção do domicílio, do automóvel, de eletrodomésticos, uma diferença de 27,5 p.p.

Alessandra Scalioni Brito, analista do IBGE, destaca que a desproporção entre mulheres e homens fica mais evidente quando se considera o número de horas dedicadas aos afazeres domésticos e/ou aos cuidados com pessoas, em que as mulheres trabalham quase o dobro que os homens por semana 18,5h contra 10,4h entre mulheres e homens ocupados no mercado de trabalho; e 24h contra 12,1h entres os não ocupados.

No geral, sem discriminar ocupados e não ocupados, a quantidade de horas trabalhadas a mais por mulheres é crescente ao longo dos anos, passando de 9,9 horas a mais em 2016 para 10,4 horas a mais em 2019. Os homens só se equiparam a mulher quando moram sozinhos. E mesmo quando ocupadas no mercado de trabalho, as mulheres fazem mais afazeres e cuidados”, ressalta Alessandra.

As informações são do suplemento Outras Formas de Trabalho, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD-C 2019), que levantou dados sobre cuidados de pessoas (crianças, idosos, enfermos ou pessoas com necessidades especiais), afazeres domésticos, produção para o próprio consumo e trabalho voluntário.

A pesquisa também revela que os brasileiros vêm se empenhando mais nos afazeres domésticos, passando de uma taxa de realização de 81,3% em 2016 para 85,7% em 2019, quando totalizou 146,7 milhões de pessoas. Entre 2018 e 2019, um contingente adicional de 1,6 milhão de pessoas passou a realizar afazeres domésticos.

A maior taxa de realização de afazeres domésticos também pode ser efeito da crise do mercado de trabalho e da queda de renda das famílias, reduzindo as possibilidades de contratar empregada doméstica”, analisa Alessandra Scalioni Brito.

Em relação aos critérios de cor ou raça, a mulher negra (94,1%) é a que mais realiza afazeres domésticos e o homem pardo o que realiza menos (76,5%). Além disso, quanto maior o nível de instrução, maior a taxa de realização de afazes domésticos, especialmente entre os homens. Nas mulheres, a taxa entre as que têm o ensino médio completo é de 93,9% e nas com ensino superior completo é de 93,4%. Entre os homens, as taxas de realização são de 81,7% e 85,7%, respectivamente. As informações são do IBGE.

 

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https://www.osul.com.br/aumenta-a-diferenca-na-carga-de-trabalho-domestico-entre-homens-e-mulheres/ Aumenta a diferença na carga de trabalho doméstico entre homens e mulheres 2020-06-04
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