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Política Juiz rejeita denúncia contra o jornalista Glenn Greenwald e outros seis viram réus por invasão de celulares

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Jornalista havia sido acusado de associação criminosa e participação nas invasões de celulares

Foto: Câmara dos Deputados
Jornalista havia sido acusado de associação criminosa e participação nas invasões de celulares (Foto: Câmara dos Deputados)

O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília, rejeitou “por ora” a denúncia oferecida pelo MPF (Ministério Público Federal) contra o jornalista Glenn Greenwald, do site “The Intercept”, pela suposta participação na invasão de celulares de autoridades.

Os outros seis denunciados foram transformados em réus, e serão levados a julgamento. Ainda não há data prevista para que isso ocorra. No dia 21 de fevereiro, o procurador Wellington Divino de Oliveira denunciou Glenn Greenwald por associação criminosa e crime de interceptação telefônica, informática ou telemática, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

De acordo com o Ministério Público Federal, o jornalista “auxiliou, orientou e incentivou” o grupo de hackers suspeito de ter invadido os celulares de autoridades durante o período em que os delitos foram cometidos.

Glenn não tinha sido indiciado pela Polícia Federal, que pediu o julgamento apenas dos outros seis suspeitos de integrar o grupo. O nome do jornalista foi incluído na denúncia pelo MPF.

O juiz Ricardo Leite considerou que não havia elementos sobre Glenn Greenwald, mas acolheu o pedido do Ministério Público contra os outros seis acusados. Com isso, passam a ser réus: Walter Delgatti Netto; Thiago Eliezer Martins Santos; Danilo Cristiano Marques; Gustavo Henrique Elias Santos; Luiz Henrique Molição e Suelen Oliveira.

Os seis foram alvos de duas operações da Polícia Federal e chegaram a ser presos. Somente Walter Delgatti Neto e Thiago Eliezer, apontados pelo Ministério Público como líderes do grupo, seguem presos em Brasília. Todos eles negam que tenham cometido os crimes.

Liminar de Gilmar Mendes

A decisão de Ricardo Leite leva em consideração a liminar deferida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, em 2019. O ministro proibiu que órgãos de investigação ou administrativos apurassem como Glenn Greenwald teve acesso às mensagens interceptadas dos celulares de autoridades.

“Deixo de receber, por ora, a denúncia em desfavor de Glenn Greenwald, diante da controvérsia sobre a amplitude da liminar deferida pelo Ministro Gilmar Mendes na ADPF nº 601, em 24/08/2019”, diz a decisão desta quinta-feira (06).

Mendes atendeu a pedido feito em ação do partido Rede Sustentabilidade para impedir investigações sobre o jornalista. Segundo o ministro, a decisão visa proteger o sigilo da fonte jornalística, assegurada pela Constituição.

Em trechos da decisão, de dez páginas, Ricardo Leite afirma ver indícios de crimes praticados por Glenn. O juiz federal afirma, por exemplo, que o jornalista “instiga” um dos acusados a apagar as mensagens interceptadas.

 

 

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