Armando Burd Lição a ser aprendida
Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Nenhum outro país fala tanto em reformas como o Brasil. O costume vem de longe. Em 1869, o parlamentar Nabuco de Araújo conclamou que “se elas não surgirem já, enfrentaremos uma revolução. Não há que hesitar na escolha. É a reforma ou o povo não será salvo.” Não houve reforma nem o povo caiu no abismo. Depois, tornou-se recurso de retórica nunca concretizada.
Estados Unidos, França, Alemanha e outros países desenvolvidos estão sempre corrigindo. Partem do pressuposto de que reformar é governar, tarefa do dia a dia e da rotina.
Vai assim…
Os Estados quebrados entram numa espécie de agonia que se caracteriza pela ausência de rumos definidos e pela exagerada ênfase no tratamento de pormenores que não dizem respeito a questões centrais.
Saída de bom senso
O deputado estadual Tiago Simon propõe uma discussão entre todos os governadores para pressionar na busca de soluções dos gravíssimos problemas que enfrentam. Cada um puxando para um lado não leva a nada. Na era da Internet, nem precisam viajar. Vídeo conferências resolvem.
Dois lados
A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pode exercer o direito de mudar a equipe da Lava-Jato. Porém, seu dever é anunciar hoje o compromisso de manter a operação saneadora da vida pública brasileira.
Semana para conferir
A partir de hoje, vai se conferir se o mercado financeiro desprendeu-se da crise política. Semana passada, analistas do mercado concluíram que as delações não eram suficientes para que perdessem dinheiro. Por enquanto, querem o aprofundamento de investigações sobre o que foi revelado.
Sobe e desce
Os dois anos de permanência de Ciro Gomes no PDT estão sendo comemorados pelo site do diretório nacional. A instabilidade marca sua carreira. Começou pelo PSD em 1980 e, desde então, foi trocando: PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS, até se encontrar com os trabalhistas.
Falta conferir
Os políticos falam muito em nova Constituição. Elie Wiesel, Prêmio Nobel da Paz em 1986, disse “A virtude maior de uma Constituição é inspirar a correspondência entre o que nela está escrito e a prática da sociedade para a qual serve de guia.” Algum instituto poderia fazer uma pesquisa nacional, perguntando à população: para que serve a atual?
No limite
O Congresso Nacional tem 14 dias úteis para votar as propostas da reforma eleitoral, se quiser aplicar em 2018. Qualquer mudança precisa ser aprovada até um ano antes da ida às urnas.
Procuram até hoje
Em 1957, o secretário estadual da Fazenda, Alcides Flores Soares Júnior, previu: “Só um mágico pode conjurar a crise do Estado.”
Há 30 anos
Setembro de 1987 foi marcante para o deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva. Um mês depois de fracassada a greve geral dos trabalhadores no país, aparou a barba, abrandou o radicalismo, deu palestra na Escola Superior de Guerra e começou a dialogar com os conservadores.
Vítimas do prejuízo
Políticos desonestos e rastaqueras não podem desfazer projetos dos brasileiros que trabalham e querem realizar seus sonhos.
Obra de peso
Falta apenas um escritor para escrever o livro O Poder Hipnótico das Emendas Parlamentares, tendo o Congresso Nacional como cenário.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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