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Por Redação O Sul | 26 de outubro de 2015
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva completará 70 anos amanhã, mas optou por uma celebração discreta, restrita a parentes, amigos mais próximos e funcionários de seu instituto. Um grupo de aliados chegou a iniciar os preparativos para uma festa em São Bernardo do Campo (SP), berço do PT, mas o próprio Lula barrou a iniciativa.
A avaliação é que o clima de apreensão não permite grandes celebrações, e que ainda haveria o risco de adversários aproveitarem a oportunidade para protestar.
Citado nas investigações da Operação Lava-Jato, com a popularidade arranhada, com o partido que ajudou a criar em crise, e decepcionado com os rumos do governo da pessoa que escolheu para sucedê-lo, Lula tem dito que o momento não é de comemoração, mas, de empenho para melhorar o quadro.
O ex-presidente enfrenta uma série de dificuldades no relacionamento com a aliada. Pouco ouvido por Dilma Rousseff, resta a ele trabalhar nos bastidores pela fritura de ministros que não lhe agradam, como Joaquim Levy. Segundo um aliado, a entrevista do presidente do PT, Rui Falcão, sugerindo a saída do ministro da Fazenda faz parte de uma ação articulada com o ex-presidente.
A grande incógnita sobre o futuro de Lula está ligada à sua candidatura presidencial em 2018. Ele já declarou que pode concorrer, mas seus aliados acreditam que ele só entrará na disputa se o cenário for favorável. As últimas pesquisas não foram animadoras para a viabilização da candidatura do principal líder do PT. Os 83% de aprovação de seu governo, registrados em 2010, são coisa do passado. Levantamento do Datafolha, divulgado em junho, mostrou Lula atrás de Aécio Neves (PSDB) em um cenário, e empatado com Marina Silva (Rede) em outro. (AG)