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Política Após críticas da esquerda a Cristiano Zanin, Lula defende voto secreto de ministros do Supremo

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Presidente afirmou ser preciso mudar forma de divulgação de julgamentos na Corte para evitar animosidades com magistrados. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), após seu primeiro indicado no atual mandato ter sido alvo de críticas por votos considerados conservadores. Sem citar o ministro, o petista defendeu votações secretas na Corte, em que as posições de cada magistrado não sejam conhecida, apenas o resultado final dos julgamentos. Para o presidente, “a sociedade não tem que saber como vota um ministro da Suprema Corte”.

“A sociedade não tem que saber como vota um ministro da Suprema Corte. Não acho que o cara precisa saber, votou a maioria, não precisa ninguém saber. Porque ai cada um que perde fica com raiva, cada um que ganha fica feliz”, afirmou Lula durante sua “live” semanal.

O argumento do presidente é que em muitas ocasiões os ministros são hostilizados por seus posicionamentos durante a análise de ações. Para Lula, é “preciso mudar o que está acontecendo no Brasil”.

“Para a gente não criar animosidade, eu acho que era preciso começar a pensar se não é o jeito da gente mudar o que está acontecendo no Brasil. Porque do jeito que vai daqui a pouco um ministro da Suprema Corte não pode mais sair na rua, passear com sua família porque tem um cara que não gostou de uma decisão dele”, disse o presidente.

Na ocasião, Lula fazia novas críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, chamado mais uma vez de “genocida”. Lula chegou a citar, sem dar detalhes, “outras coisas que estão aparecendo” sobre o ex-presidente e afirmou que Bolsonaro queria dar “um golpe da forma mais mesquinha possível”.

Bolsonaro fazia repetidas críticas e ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal, principalmente ao ministro Alexandre de Moraes, alvo de ataques no aeroporto de Roma no dia 14 de julho.

“Isso tudo foi criado pelo ódio, disseminado no país pelo coisa, que eu sempre falo que vai ser julgado ainda como genocida […] Quero que ele tenha direito a presunção de inocência em todos os processos, mas não dá pra deixar esse cidadão passar sem ser uma investigação correta.”

Lula completou:

“Fora as outras coisas que estão aparecendo por aí. Porque na verdade um cidadão que não tem coragem de passar a faixa, que se esconde porque estava prevendo um golpe. Porque é verdade, ele queria dar um golpe da forma mais mesquinha possível.”

Ao completar um mês desde sua posse como ministro, no último domingo, Zanin trocou o status de “homem de Lula” e passou a acumular desconfianças entre os que apoiaram a sua indicação, vista como pessoal do presidente.

O ministro foi criticado por grupos progressistas, por exemplo, após ter sido o único a votar contra a descriminalização da maconha no julgamento que discute critérios para diferenciar usuário de traficante. Também virou alvo da comunidade LGBTQIAP+ por ter sido contra a equiparação de ofensas a esse grupo à injúria racial em tipificações criminais.

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