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Por Redação O Sul | 9 de setembro de 2015
Dos 694,5 mil empreendimentos que nasceram em 2009 no Brasil, mais da metade não sobreviveu até 2013. A pesquisa Demografia das Empresas, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada na sexta-feira, mostrou que apenas 329,9 mil das companhias abertas naquele ano, ou 47,5%, continuaram ativas até quatro anos depois. “Isso chama a atenção. Mais da metade das empresas não terem sobrevivido de 2009 para 2013. Se a gente for observar o porte, a faixa de pessoal ocupado na faixa zero tem apenas 40,9% de sobrevivência. É uma taxa alta, mais de 60% saíram”, analisou o gerente de disseminação e análise e do sistema de manutenção cadastral do IBGE, Francisco Marta.
O especialista pontuou ainda que a taxa de sobrevivência das empresas que nasceram em 2009, com um a nove funcionários, era de 69,1% em 2013, enquanto a de dez funcionários ou mais chegou a 76,7%. “O tamanho da empresa, do porte, influencia a capacidade de se manter no mercado. É um fator que explica”, analisou.
Conforme ele, outro fator que influencia é a atividade que a companhia desempenha. Das 694,5 mil empresas que abriram em 2009, 536,6 mil, ou 77,3%, sobreviveram até 2010, enquanto em 2011, haviam sido 452,5 mil, ou 65,2%. O movimento descendente permaneceu em 2012, com resistência de 387,4 mil, ou 55,8% do total. “Quem tem mobilidade maior da empresa, sai mais do mercado. Atividade que tem complexidade maior, como indústria ou tecnologia, elas sobrevivem mais. Empresas de comércio, relacionados a serviços pessoais, tem taxa de saída muito alta. Ou seja, a sobrevivência cai. Tem muita empresa, comércio e serviços [entre os negócios que foram fechados no período]”, concluiu. (AG)