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Armando Burd Mais um recorde para estragar a imagem

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Mais um recorde para estragar a imagem

Torres explicou que a Anvisa apontou o problema com base em documento enviados pelos próprios desenvolvedores. (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Procura-se outro país em que a pandemia tenha provocado conflitos e divisões internas como no Brasil. Bate bocas, sequelas eleitorais, medidas judiciais, carreatas, sai ou não sai. Cenário próximo de um reality show. De entristecer.

Alinhado com o chefe

Quem acompanhou ontem a reunião da cúpula do governo, em Brasília, acredita que o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, pode preparar o discurso de posse no Ministério da Saúde. Basta passar a fase mais aguda da pandemia.

Momento de tensão

O clima ficou tenso quando Luiz Henrique Mandetta disse que concorda com todas as opiniões do presidente Jair Bolsonaro, menos em relação a questões médicas. Diante disso, pediu demissão. A turma do deixa disso entrou logo em ação e o atual ministro voltou atrás, dizendo que ficará por mais algum tempo.

Abandonar o cargo agora seria irresponsabilidade e ele pretende seguir na política.

Perfil

Barra Torres é formado em Medicina e contra-almirante, tendo iniciado a carreira na Marinha há 33 anos. Assumiu a Anvisa em janeiro deste ano, após se tornar um dos líderes do movimento contra o plantio da Cannabis medicinal.

Arrasada

Está vivo na memória o caos em Porto Alegre a partir das 22 horas de 29 de janeiro de 2016. A cidade ficou sem luz, água e telefone. A tempestade com ventos passando dos 100 quilômetros por hora provocou alagamentos e derrubou árvores, telhados e casas. O Hospital de Pronto Socorro atendeu 54 feridos.

Fórmula correta

Às 7h da manhã seguinte, o prefeito interino, Sebastião Melo, organizou o gabinete de emergência, com a participação de muitas entidades representativas da população. As soluções começaram a ser encontradas com mais rapidez do que se tivesse ficado fechado em sua sala.

Pedir não custa

O presidente Jair Bolsonaro fala apenas com admiradores na porta do Palácio da Alvorada. Algumas pessoas têm acesso aos governadores. Porém, todos batem na porta das prefeituras para pedir, reclamar ou denunciar. Conhecendo o que é sofrer cobrança e ter recursos limitados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, abre espaço para conversa por vídeo. Às 12h30min de hoje, ouvirá os presidentes da Confederação Nacional de Municípios, Glademir Aroldi, e das entidades estaduais representativas das prefeituras. Após o choro livre, alguns apelos serão atendidos.

É um quebra-cabeça

A Itália começou isolando apenas grupos de risco. Depois, veio o colapso.

Preço exorbitante

Governos que não são populistas buscam o equilíbrio orçamentário, evitando recorrer ao mercado financeiro. Fogem do aumento da dívida e do pagamento de juros altos. É o que o atual Ministério da Economia tem buscado. Porém, a crise obrigará a mudar a rota.

Para relembrar, a Grande Depressão, de 1929 a 1933, foi resolvida com gastos públicos, atenuando a avalanche de empresas quebradas e os desempregos. Agora, parte da conta precisará ser enviada à ditadura da China, que tentou esconder a tragédia avassaladora.

Quem diria…

Em Rio Grande, ocorre o embarque de 20 mil bois vivos para a Jordânia. O que chama a atenção na notícia é o local da megaoperação: um estaleiro.

O espaço de alta tecnologia, destinado à montagem de plataformas marítimas para extração de petróleo, está abandonado. Serve, no máximo, para depósito temporário de animais.

O envolvimento dos donos dos estaleiros na Operação Lava Jato levou o setor, que tinha grandes perspectivas, à bancarrota.

Viu longe

A 29 de março de 1960, faltando 23 dias para a inauguração da capital federal, o senador Afonso Arinos, da União Democrática Nacional, declarou: “A mudança apressada e precipitada para Brasília é uma loucura, uma insensatez, uma irresponsabilidade, uma monstruosa aberração pela falta de condições para o exercício digno do mandato confiado pelo povo aos seus representantes.”

A despesa está sendo paga até hoje.

Está comprovado

Frase de Théophile Gautier, escritor francês do século 19, mais atual do que nunca: “Os que pretendem ter sempre razão, normalmente são os menos razoáveis.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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