Sábado, 04 de maio de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Manifestantes do Greenpeace jogam óleo na porta do Palácio do Planalto. Ministro chama o grupo de “ecoterrorista”

Compartilhe esta notícia:

Ativistas do Greenpeace realizam um protesto pacífico em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. (Foto: Adriano Machado/Greenpeace)

Membros do Greenpeace Brasil realizaram na manhã desta quarta-feira (23) um protesto em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, contra a política ambiental do governo do presidente Jair Bolsonaro. Exibindo placas com inscrições como “Pátria queimada, Brasil” e “Brasil manchado de óleo”, os manifestantes simularam os resultados de queimadas na Amazônia e do derramamento de óleo que atingiu praias do Nordeste. As informações são do jornal O Globo.

Ao final do protesto, um grupo de manifestantes foi detido quando deixava o local e caminhava em direção à Esplanada dos Ministérios. Eles foram levados para a 5ª Delegacia de Polícia: 19 pessoas foram detidas e, segundo o Greenpeace, foram liberados depois de três horas.

O grupo foi levado para delegacia após o DF Legal – órgão de fiscalização do governo local – notificar os organizadores por descarte irregular de lixo em área pública.

Segundo o porta-voz de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, Thiago Almeida, a manifestação visa denunciar as políticas do atual governo para o meio ambiente.

Esse é um protesto contra a política antiambiental e de desmonte da proteção e da gestão ambiental no Brasil que vem sendo promovida pelo governo Bolsonaro desde o início do mandato. E as consequências a gente já vê, do incentivo e da demora a agir nas queimadas da Amazônia até essa demora inaceitável de agir nas manchas de óleo no Nordeste”, afirma Almeida.

O porta-voz apontou, ainda, que a demora na resposta do governo resultou na ação espontânea de voluntários que se dispuseram a limpar praias pelo Nordeste.

Demorou para agir e está agindo de maneira insuficiente, ineficiente e desordenada, e por causa disso quem está colocando a mão na massa e fazendo o papel que é do governo é a população”, afirma Thiago Almeida, porta-voz de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

Salles e Mourão reagem

Pouco após a manifestação da ONG, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, classificou os manifestantes como “ecoterroristas”.

O presidente em exercício Hamilton Mourão ironizou a manifestação, dizendo que vai convidar a ONG para atuar no combate ao derramamento:

Vou convidar o Greenpeace para recolher o óleo lá, ao invés de jogar o óleo aqui”, afirmou, ao deixar o Palácio do Planalto no início da tarde.

Mourão, no entanto, reconheceu que o protesto faz parte da democracia e disse apenas que os manifestantes poderiam não ter atrapalhado o trânsito: “Protesto é protesto, democracia é isso aí. Única coisa que eu acho é que você pode fazer um protesto sem bloquear o trânsito. Não impedir o (direito de) ir e vir das pessoas.”

Na segunda-feira, Salles já havia ironizado a atuação do Greenpeace no episódio. Thiago afirma que a responsabilidade do combate é do governo, e não do terceiro setor:

A responsabilidade pelo combate ao derramamento de petróleo no mar é do Ministério do Meio Ambiente, não é do terceiro setor, não é da população. Em vez de entrar em debates nas redes sociais e procurar culpados, o governo deveria combater a mancha de óleo de maneira eficiente.”

Ato pacífico

Em nota, o Greenpeace disse considerar o protesto pacífico por levar “de maneira simbólica o derramamento de óleo do Nordeste e a destruição da Amazônia para a frente do local de trabalho do presidente”. No documento, Almeida acusa Salles de “mascarar sua inação desviando a atenção do problema e jogando a responsabilidade para a população” e para as ONGs.

No que diz respeito ao desmatamento, também criticado pelo protesto, Cristiane Mazzetti, da campanha de Florestas do Greenpeace Brasil, diz no texto que o governo Bolsonaro “tem esvaziado e enfraquecido órgãos de proteção e fiscalização ambiental, ameaçando rever Unidades de Conservação e abrir Terras Indígenas para interesses econômicos”. Mazzetti pontua, ainda, que o presidente “fez inúmeros discursos que encorajam o crime ambiental”, concluindo que o desmatamento é resultado de sua política ambiental.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul pede que a condenação de Lula no processo do sítio em Atibaia seja anulada
Pastor e colunista social é nomeado para a Agência Nacional de Cinema
https://www.osul.com.br/manifestantes-do-greenpeace-jogam-oleo-na-porta-do-palacio-do-planalto-ministro-chama-o-grupo-de-ecoterrorista/ Manifestantes do Greenpeace jogam óleo na porta do Palácio do Planalto. Ministro chama o grupo de “ecoterrorista” 2019-10-23
Deixe seu comentário
Pode te interessar