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Brasil Mantido índice de desperdício de vacinas próximo de zero no País

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Logística, "xepa" e adesão da população à imunização levam a índices mínimos de perdas. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

Embora sejam potentes para controlar a disseminação de doenças, vacinas, em geral, são substâncias frágeis que podem ser perdidas por descongelamento, erros no manuseio ou pelo uso de seringas inadequadas. Na atual campanha de imunização contra a covid-19, porém, Estados e municípios afirmaram que o índice de desperdício dos imunizantes está próximo de zero.

O Ministério da Saúde define como aceitável uma perda de até 10% do total das vacinas da covid distribuídas, mas nenhuma secretaria de Saúde consultada disse chegar a esse patamar. O maior índice detectado entre as gestões locais foi o de Belo Horizonte, com 6,6% de perda técnica. Minas Gerais informou que a perda é de 0,07% no estado.

O Estado do Rio estima que, antes de iniciar a vacinação por faixa etária, a taxa de doses desperdiçadas era de 5%. Agora, com maior fluxo de vacinados, há um esforço para que o frasco multidose seja utilizado até o fim. “Praticamente não há perda do imunizante”, afirmou o governo, em nota.

Distribuição rápida

Também estimam perda zero Mato Grosso e Pará, além de Mato Grosso do Sul, onde a Secretaria de Saúde atribui a taxa nula à rapidez de distribuição e aplicação das doses que chegam ao Estado. A estimativa local é que, em condições normais, as vacinas recebidas cheguem aos 79 municípios em 12 horas.

Há ainda Estados que até registram doses perdidas, mas insuficientes para causar reflexo na contagem percentual. Amazonas, por exemplo, registrou a perda de 310 doses, o que significa um desperdício de 0,009% do total de aplicações recebidas até a primeira quinzena de julho. No Ceará, o desperdício informado de 0,023% é creditado ao treinamento constante dos profissionais de saúde.

Para Carla Domingues, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), o baixo número de doses desperdiçadas é um bom indício sobre o progresso da vacinação no Brasil, País cuja campanha tem sido marcada pela demora na compra de vacinas e falta de campanhas de divulgação por parte do governo federal.

“Além da alta demanda e do comparecimento da população, existe um processo de logística bem organizado nos locais de aplicação para reduzir as perdas físicas (com o frasco fechado), e isso é muito positivo. Os números mostram que, quando existe uma sensibilização da população, a perda técnica (com o frasco aberto) quase não acontece”, diz Carla.

Além de abrir a possibilidade para que pessoas fora dos grupos elegíveis recebam as doses antecipadamente, o uso de aplicações remanescentes — a chamada “xepa” — também é creditada como um importante mecanismo para reduzir desperdícios.

A cidade de São Paulo, por exemplo, tem perda técnica de aproximadamente 5%. Segundo a pasta, o índice se deve ao “trabalho de otimização para estocagem e aplicação das doses”. Ao final de cada dia, após a vacinação do público-alvo, doses remanescentes são aplicadas em lactantes, estudantes da área da Saúde e, se ainda sobrar, em maiores de 18 anos.

a mesma estratégia é adotada pelo governo do Espírito Santo, cuja capital, Vitória, registrou taxa de desperdício de 2,95% até o começo de julho. Outra ferramenta é buscar, próximo ao fim do expediente, e caso haja sobra de doses, pessoas que integram os grupos prioritários próximo aos postos de vacinação, como faz a prefeitura de Porto Alegre. A cidade estima que 0,7% das doses não tenham sido aplicadas. A taxa leva em conta invólucros com rendimento abaixo do previsto.

Novas estratégias

“Estamos reaproveitando estratégias antigas de campanhas de imunização e incluindo novos métodos”, diz Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Entre as novas estratégias está a adotada pela cidade do Rio, que, no começo da vacinação, utilizava doses que sobravam no fim do dia para antecipar a aplicação em idosos acamados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já chegou a pontuar que a perda de vacinas, de todos os tipos, anualmente chegava a 50%. Especialistas em imunização, porém, explicam que o desperdício de imunizantes em grandes campanhas costumam ser menores.

A organização publicou recentemente um relatório sobre a vacinação da covid em que afirma que “a meta para o desperdício deve ser próxima de zero”.

Um levantamento do canal de televisão CNN, nos EUA, apontou que a taxa de desperdício no país era de 0,1%, mas alertou que podia haver subnotificação. Dados da Inglaterra, no primeiro mês de inoculação, apontam para 0,6% de descarte de doses.

O Ministério da Saúde não faz o rastreamento de cada um dos frascos enviados às 38 mil salas de vacinas do País. A pasta informou que foi notificada de 119 ocorrências envolvendo alterações de temperatura de acondicionamento de vacinas, mas não respondeu se nem quantas doses foram perdidas.

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