Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2020
“Nestes quatro anos, nos dedicamos a mudar uma realidade negativa", afirmou Marchezan
Foto: Cesar Lopes/PMPAA prefeitura de Porto Alegre apresentou nesta quarta-feira (30) o seu balanço financeiro em transmissão pela internet. O prefeito Nelson Marchezan Júnior informou que projeta entregar a gestão para o seu sucessor, Sebastião Melo (MDB), com R$ 201 milhões – em recursos do Tesouro – em caixa, com todas as despesas pagas e sem pendências para 2021.
Segundo a atual gestão, quando Marchezan assumiu a prefeitura, em janeiro de 2017, o déficit era de R$ 437 milhões, com obras paralisadas, débitos com fornecedores e, especialmente, despesas com pessoal de mais de 50% da receita. “Conseguimos reverter um déficit para um superávit nunca visto em nenhum outro momento nas últimas décadas”, afirmou o secretário municipal da Fazenda, Leonardo Busatto.
Segundo Marchezan, Porto Alegre saneou as finanças públicas, melhorou a estrutura tributária e se restabeleceu como destino atrativo a investidores privados e recursos de financiamentos para políticas públicas. “Nestes quatro anos, nos dedicamos a mudar uma realidade negativa. Há 20 anos, a Capital era administrada no vermelho, gastando mais do que arrecadando. Pegamos a prefeitura na sua pior situação financeira e a entregamos na melhor de duas décadas”, declarou.
Conforme a prefeitura, para se chegar ao equilíbrio financeiro, foi preciso um levantamento detalhado e um plano de ação para cortar despesas e ampliar a cobrança de contribuintes inadimplentes.
A secretária municipal de Planejamento e Gestão, Juliana Castro, afirmou que a cidade resgatou a credibilidade com instituições financeiras e voltou a colocar recursos públicos em projetos relevantes à população, especialmente aos mais vulneráveis. “A reforma estrutural, com enxugamento da máquina pública, é um legado que se deixa para a Capital. Mesmo com todo cenário de pandemia neste ano, os servidores foram pagos em dia e conseguimos antecipar o 13º salário”, disse.
A atual gestão informou que também deixa garantidos R$ 1,2 bilhão em financiamentos, sendo R$ 693 milhões já captados e R$ 542 milhões em negociação em áreas prioritárias, como saneamento, drenagem, habitação, segurança, mobilidade, tecnologia e modernização da gestão. Somente em parcerias público-privadas e concessões, o investimento é de R$ 1 bilhão em obras, serviços públicos e outorgas.