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Brasil Médico afastado de hospital após denúncias de assédio sexual é vacinado contra o coronavírus em Belo Horizonte

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Maternidade Santa Fé informou que afastamento de Edilei Rosa de Novaes é definitivo, mas que ele foi imunizado por ser sócio da empresa. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Um médico afastado de uma maternidade em Belo Horizonte após denúncias de assédio sexual foi vacinado contra a covid-19. Uma funcionária do Hospital da Mulher e Maternidade Santa Fé, no bairro Santa Tereza, na Região Leste, afirmou que médicos afastados foram vacinados antes dos plantonistas e da equipe de enfermagem.

Edilei Rosa Novaes está longe das funções médicas na maternidade desde 2019, quando foi preso pela primeira vez por suspeita de importunação sexual. Vinte mulheres registraram denúncias contra ele, que foi indiciado pela Polícia Civil. Em julho de 2020, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia à Justiça.

A direção do Hospital Santa Fé informou, em nota, que “por força da lei, [Edilei] é detentor de 1,59% das ações da empresa. Foi vacinado por não existir nenhuma lei que impeça um cidadão, mesmo que investigado, julgado, condenado ou preso de receber a imunização”.

“Na quinta-feira, começou a vacinação e vários sócios, médicos que não trabalham mais lá, afastados há muito tempo por não fazerem mais parte do corpo clínico, por aposentadoria, foram lá, e tomaram a dose da vacina. Alguns levaram filhos, levaram sobrinhos, parentes. Um dos médicos até levou uma esposa que estava debilitada. E muitas pessoas que realmente estavam precisando, né? Técnicos de enfermagem, enfermeiras, pessoal que trabalha na faxina, que tem um contato direto com o paciente, não foram imunizados por conta de que, quando chegaram no plantão, não tinha mais dose da vacina, porque ela foi desviada para esses fins”, relatou a funcionária, que não quer ser identificada.

A vacina começou a ser aplicada nos profissionais que atuam na linha de frente do combate à pandemia na última terça-feira em Belo Horizonte. Mas muitos trabalhadores da área da saúde reclamam que ainda não receberam essas doses.

Distribuição da vacina

Um grupo de médicos encaminhou um manifesto ao Ministério Público Estadual questionando os critérios de vacinação da Prefeitura de Belo Horizonte, que excluíram esses profissionais neste primeiro momento.

“A própria Prefeitura de Belo Horizonte, ela apresenta números em que a maior parte dos funcionários da prefeitura, da área da saúde, que adoeceram por covid, trabalhavam na atenção primária à saúde. E, infelizmente, não foi a prioridade no primeiro momento”, disse André Cristiano dos Santos, diretor administrativo do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG).

Para a especialista a advogada e mestre em direito público, Maria Fernanda Pires, quem desrespeitar o processo e furar a fila da vacinação pode ser penalizado.

“O eventual desrespeito à fila de prioridades estabelecida na Campanha Nacional de Imunização, enquanto política pública, pode configurar duas ordens de responsabilidades. Para os agentes públicos, pode configurar improbidade administrativa e, concomitantemente, responder a um processo administrativo disciplinar que pode culminar com ato de demissão a bem do serviço público”, disse.

A expectativa do Sinmed é que, com a chegada das doses da vacina de Oxford que vieram da Índia e a liberação de novos lotes da CoronaVac, os trabalhadores que atuam no atendimento básico sejam os próximos vacinados.

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