Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2017
O menino João Victor Filier de Araújo, 8 anos, assassinado pelo pai, Sidnei Ramos de Araújo, com outras 11 pessoas em uma festa de Réveillon em Campinas (SP), dizia não gostar dele e que o mataria quando crescesse, segundo o relato de uma professora da escola onde ele estudava.
De acordo com Tatiana Ferreira, que foi professora de João Victor quando ele estava no primeiro ano, em 2015, a escola Vivendo e Aprendendo soube da acusação de que o pai havia abusado do garoto. Segundo ela, havia a orientação de que somente a mãe, detentora da guarda, poderia buscá-lo na escola.
Tatiana revelou que, em uma conversa por ocasião do Dia dos Pais, João Victor disse que não comemorava a data. “Ele disse que ele não gostava do pai e que, quando crescesse, queria matar o pai”, afirmou. “Todo dia ele vinha me dar um oi. Ele era extremamente amoroso”, diz Tatiana.
Araújo, 46, foi acusado pela mulher, Isamara Filier, 41, de abuso sexual contra o filho do casal, João Victor, no processo de regulamentação de visitas em 2012. A Justiça considerou que as acusações “não eram cabalmente comprovadas”, mas estipulou regras de convívio restritas.
Na decisão, foi determinado que a criança, que tinha três anos na época da disputa judicial, deveria ser “protegida, mas não deve ser afastada totalmente do convívio paterno”. Desde então, Araújo tinha autorização para visitar o filho em domingos alternados, na casa de Isamara, entre 9h e 12h.
O pai tentava reverter o regime de visitação determinado pela Justiça, sem sucesso, de acordo com consultas a decisões judiciais no Diário de Justiça Eletrônico. (Folhapress)