Política Ministro da Saúde diz que não há regra geral sobre isolamento social
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2020
Nelson Teich participou de uma reunião na Câmara dos Deputados
Foto: Marcello Casal Jr./Agência BrasilO ministro da Saúde, Nelson Teich, disse nesta quinta-feira (07) que o governo federal não tem uma regra geral para todo o País sobre a necessidade do isolamento social. Segundo ele, diferentes medidas devem ser adotadas por Estados e municípios a depender do avanço do novo coronavírus em cada local.
Teich participou de uma reunião da comissão externa da Câmara dos Deputados que debateu ações preventivas contra o coronavírus. “A gente tem desde medidas mais simples, que vão passar principalmente por distanciamento social, higiene das mãos, uso de álcool em gel e das máscaras, até situações em que vai ter que ter o lockdown. O problema é que não dá para trabalhar essa discussão como se o lockdown fosse a essência de tudo”, declarou o ministro ao ser questionado sobre qual a orientação do governo federal em relação ao isolamento social.
De acordo com Teich, o ministério elaborou uma “matriz de riscos” para orientar os entes federados nas medidas. A matriz leva em conta critérios como a incidência e o crescimento da doença, a estrutura disponível, como hospitais, leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) e ambulatórios para tratar os casos do novo coronavírus, e os recursos humanos disponíveis.
“Com isso, a gente avalia o quão difícil vai ser para a estrutura suportar o crescimento da doença. A partir daí, você define se tem que segurar muito o número de casos novos e aí você pode ter que chegar a situações extremas como o lockdown”, disse Teich. “O que não podemos é transformar isso em uma discussão política, é uma discussão técnica. Vai ter uma situação para cada lugar e cada momento”, acrescentou. “A orientação geral hoje é que se analise cada região com base nas variáveis, lembrando que essa é uma decisão local de Estados e municípios.”
O lockdown, uma espécie de bloqueio total, é considerado uma medida mais radical de distanciamento social, quando o funcionamento de estabelecimentos e a circulação de pessoas é restringida ao máximo.
