Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de junho de 2021
Economista estava internado desde dezembro no hospital CopaStar, no Rio de Janeiro.
Foto: Reprodução/TwitterMorreu neste domingo (13), aos 76 anos, o ex-presidente do Banco Central (BC) Carlos Langoni. O economista estava internado desde novembro de 2020 no hospital CopaStar, no Rio de Janeiro, para tentar frear complicações da covid.
Em nota, o CopaStar lamentou “a morte do paciente Carlos Langoni na manhã deste domingo e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes”.
Nascido em Nova Friburgo, no Rio, Langoni se formou economista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e concluiu os estudos na Universidade de Chicago, onde se tornou o primeiro brasileiro a obter um doutorado em 1970.
Em 1979, quando ingressou no Banco Central, ajudou a criar o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), que deu origem à taxa básica de juros que conhecemos hoje. Assumiu a presidência do órgão em 1980 e lá permaneceu até 1983.
Migrou então para o setor privado, dando aulas e comandando consultorias econômicas. Atualmente, era presidente da Projeta Langoni Consultoria Econômica e diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas.
Em nota, a Diretoria Colegiada do Banco Central manifestou “sua admiração pelo trabalho do Presidente Langoni e transmite sua solidariedade a seus familiares, amigos e colegas de trabalho”.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também manifestou seu pesar em nota. “Lamento profundamente a perda. Era construtivo, preparado. Com espirito público. Meus mais profundos sentimentos aos seus familiares pela perda. Que a todos nos console o fim de seus sofrimentos após uma vida melhor plena de realizações pessoais e profissionais”, disse.
“Foi pioneiro dos estudos sobre capital humano no Brasil. Estudos sérios sobre o impacto das desigualdades de oportunidades educacionais sobre as desigualdades de renda. Assim que assumi, me procurou para oferecer ajuda com a ideia de derrubar o custo da energia através de mudanças no marco regulatório do gás natural.”
A FGV também lamentou o falecimento do economista. Segundo nota publicada pela fundação, “em toda a sua trajetória como homem público, mesmo com algumas interrupções, nas quais foi atender ao interesse da Nação, Carlos Langoni sempre esteve ligado à FGV, tornando-se uma das referências da instituição”.