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Geral Morre o nono rinoceronte-negro após o transporte para um parque no Quênia

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Na semana passada, animais criticamente ameaçados já haviam morrido. Causas são investigadas. (Foto: Reprodução)

Um nono rinoceronte-negro, criticamente ameaçado de extinção, morreu após uma operação fracassada para levar os animais a uma nova reserva no Sul do Quênia, informou o ministro do Turismo do país na última terça-feira (17).

Inicialmente, oito rinocerontes foram reportados mortos após a tentativa, no mês passado, de transferir 11 exemplares dos parques nacionais de Nairóbi e Lake Nakuru para Tsavo East.

Detetives da polícia foram chamados e receberam o prazo de uma semana para determinar o que causou as mortes, disse o ministro do Turismo, Najib Balala, em uma entrevista coletiva em Nairóbi.

“Nove deles morreram devido a razões que ainda estamos investigando. O relatório preliminar que recebemos dos especialistas do Serviço de Vida Selvagem do Quênia disse que foi devido à água salgada” que eles beberam, acrescentou.

O ministro confirmou que viu os 18 chifres que pertenciam aos animais mortos e que nenhum deles desapareceu após as mortes.

A realocação de animais ameaçados de extinção envolve sedá-los durante a jornada e reanimá-los depois, em um processo que acarreta riscos.

Mas a morte de tantos de uma só vez é sem precedentes.

Entre 2005 e 2017, um total de 147 rinocerontes foram deslocados desta forma no Quênia, com apenas oito mortes.

O incidente foi classificado como “um desastre” dobrando o número de mortes dessa espécie em operações semelhantes, nos últimos 12 anos. “Não é a primeira vez que o KWS transfere animais, pelo que merecemos saber a causa da morte deste animal precioso. Algo correu mal e queremos saber o quê”, disse Paula Kahumbu, diretora da ONG ambientalista Wildlife Direct, que exigiu do ministro de Turismo e Vida Selvagem, Najib Balala, uma investigação rápida do episódio.

Segundo o Ministério do Turismo, investigações preliminares sugerem que os rinocerontes possam ter sucumbido a “intoxicação por sal, como resultado da ingestão de água de alta salinidade na chegada ao novo ambiente”.

“Os altos níveis de sal levam à desidratação, que desencadeia o mecanismo de sede, resultando no consumo excessivo de água salina, o que agrava ainda mais o problema”, dizem os autores do estudo. Um relatório completo, porém, ainda deverá ser divulgado.

Enquanto isso, Balala ordenou que o KWS suspenda imediatamente a translocação em curso. O órgão anunciou que “medidas disciplinares serão definitivamente tomadas, se as conclusões apontarem para negligência ou conduta não profissional por parte de qualquer oficial do KWS”.

A chamada translocação de animais em extinção consiste em colocá-los para dormir durante a jornada, para depois reanimá-los, num processo que envolve certos riscos. A perda de tantos rinocerontes de uma só vez, porém, é algo sem precedentes. Entre 2005 e 2017, por exemplo, um total de 149 rinocerontes foram deslocados dessa forma, também com um saldo de oito mortos.

A ONG Save the Rhinos estima que haja menos de 5.500 rinocerontes-negros no mundo, todos concentrados na África. No Quênia, sua população é de 750, de acordo com o Worldwide Fund for Nature.

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